Em missa de 7º dia, filhas de artista plástico morto por PMs dizem que não descansam em luta por justiça: ‘Meu pai era inocente’

Por Redação
3 Min
Missa de sétimo dia do artista plástico Manoel Arnaldo dos Santos Filho (Foto: Vanderson Nascimento/TV Bahia)

Uma missa na cidade de Candeias, na região metropolitana de Salvador, lembra o sétimo dia de morte do artista plástico Manoel Arnaldo dos Santos Filho, nesta sexta-feira (27).
Conhecido como Nadinho e querido pela comunidade local, ele foi morto em ação da Polícia Militar, no sábado (21) dentro da casa que morava e usava como ateliê. A corregedoria da PM apura o caso.
A cerimônia religiosa reúne amigos e familiares da vítima, que fizeram protestos no domingo (22) e segunda-feira (23), nos dois dias após a morte de Nadinho.

Uma das filhas de Arnaldo, Marisa Marinho, diz que a família não teve descanso nos últimos dias, na luta por justiça. Ele era pai de outras duas filhas e mais um rapaz.
"A gente precisa de justiça porque precisamos chorar, precisamos descansar. A gente chega em casa cansado, atrás de justiça. A Justiça precisa saber que meu pai era inocente e um homem bom"
Também filha de Arnaldo, Maraisa Marinho diz que a família está em busca de explicações sobre o crime.
"Estamos correndo, buscando testemunhas. Estamos correndo para que meu pai seja inocentado. Inocentar o inocente"
Maraisa informa que a família vai fazer uma nova manifestação às 18h desta sexta-feira (27), caminhando da casa onde Arnaldo foi morto até uma praça da cidade de Candeias.

"A gente tem que levantar forças não sei de onde para poder lutar por uma coisa. A integridade de uma pessoa a gente acha que vai valer uma morte digna. E agora a gente ter uma morte dessa é muito difícil. Pense para nós, parentes, filhos, para minha mãe, como é dificil aceitar isso. É uma dor que não desejo para nenhuma familia. Nem desejo isso para a família desses policiais que tiraram a vida de meu pai. Eu quero justiça", afirma Maraisa.
A jovem diz que aguarda uma reunião com o governador Rui Costa para pedir uma apuração sobre o caso. "Estamos aguardando o governador para ele falar conosco. Governador, eu preciso falar com você. Esse crime não pode ficar impune, meu pai foi assassinado e a gente precisa de Justiça", apela.

Compartilhe Isso
- Advertisement -