A campanha de vacinação contra a poliomielite em Gaza atingiu um marco significativo com a conclusão da primeira ronda. A Organização Mundial de Saúde (OMS) dividiu a campanha em três fases para alcançar os 640 mil habitantes com menos de dez anos na região. Após detectar o primeiro caso da doença em mais de 20 anos, as autoridades sanitárias do enclave agiram rapidamente para garantir a proteção das crianças.
A OMS planeja realizar uma segunda ronda de imunizações no final do mês, visando administrar a segunda dose da vacina e completar o processo de vacinação. O exército israelita comprometeu-se a respeitar as pausas diárias nos combates para permitir o desenvolvimento da campanha, apesar de incidentes e atrasos envolvendo trabalhadores humanitários.
Um comboio da UNRWA foi agredido e detido pelas tropas israelitas durante oito horas, o que gerou preocupações e críticas. Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, expressou sua indignação sobre o incidente nas redes sociais. A agência informou que a escola Jaouni em Nuseirat, que foi atingida por um bombardeamento israelita, estava sendo utilizada como centro de vacinação contra a poliomielite.
O Ministério da Saúde de Gaza confirmou o primeiro caso de poliomielite em 25 anos no enclave, reforçando a importância da campanha de vacinação. A poliomielite é uma doença altamente infecciosa que afeta principalmente crianças pequenas, podendo causar paralisia e até mesmo a morte.
Após mais de onze meses de guerra, a situação humanitária em Gaza é crítica, com milhares de mortos e feridos. Muitos civis vivem em condições precárias, sem acesso a água potável, eletricidade e produtos básicos de higiene. A zona sul de Gaza é frequentemente alvo de bombardeamentos e ordens de evacuação, deixando a população local em constante estado de alerta.
A comunidade internacional tem um papel crucial em apoiar os esforços de ajuda humanitária em Gaza, garantindo o acesso à saúde e a vacinação contra doenças como a poliomielite. A solidariedade e a cooperação são essenciais para enfrentar os desafios humanitários na região e garantir o bem-estar das crianças e famílias afetadas pelo conflito.
Em meio a todas as dificuldades, a esperança permanece viva de que a vacinação contra a poliomielite em Gaza seja bem-sucedida e ajude a proteger as crianças vulneráveis da região. A saúde e a segurança de todos devem ser prioridade absoluta, independentemente das circunstâncias adversas. Juntos, podemos fazer a diferença e salvar vidas em Gaza.
Fonte: iNoticias