Beatriz Buchili alertou para um desafio enfrentado pelo Ministério Público (MP) em Moçambique, relacionado à disciplina de seus profissionais. Ela destacou denúncias crescentes envolvendo condutas inadequadas de magistrados, oficiais de justiça e assistentes, como corrupção, mau atendimento, atraso processual e problemas de relacionamento.
Durante a posse de 13 membros do Conselho Superior da Magistratura do MP, Buchili ressaltou a importância de aprimorar os mecanismos internos para elevar a ética e deontologia dos profissionais. Ela enfatizou a necessidade de inspirar confiança nos cidadãos, já que o MP tem a missão de prevenir e combater esses problemas que afetam o Estado de direito democrático.
O desafio surge em meio às discussões dos magistrados com o Governo sobre melhorias salariais, segurança, autonomia e independência financeira. Em julho deste ano, foi apresentado um caderno reivindicativo ao executivo, e o presidente da Associação Moçambicana dos Magistrados do MP indicou avanços nessas negociações.
Moçambique atualmente conta com 774 magistrados, um aumento significativo em relação a 2019. Beatriz Buchili ressaltou esses números, destacando o crescimento na gestão de magistrados e oficiais de justiça, com maior cobertura territorial e infraestrutura.
Em um contexto onde a transparência e a integridade são fundamentais, a procuradora-geral reforçou a importância de a classe inspirar confiança e cumprir seus deveres com responsabilidade. A busca por aprimoramento e excelência no serviço prestado à sociedade é essencial para fortalecer o sistema judicial e garantir a efetivação do Estado de direito democrático em Moçambique.
Fonte: iNoticias