Depois de mais de cinco meses de cárcere, o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, foi às ruas pela primeira vez no domingo (22), ao deixar a prisão domiciliar em Nova York para ir à igreja de Saint Peter’s e assistir a uma missa.
A caminhada entre a residência e a igreja leva aproximadamente dez minutos. Marin ouviu uma cerimônia em espanhol, acompanhado da mulher Neuza.
O dirigente estava confinado desde o dia 3 de novembro às dependências de um luxuoso apartamento na metrópole americana, quando foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos. Em Zurique, ele foi preso no dia 27 de maio.
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A Saint Peter’s Church fica na área chamada de “Midtown”, em Manhattan, nas cercanias da famosa Trump Tower, que é uma atração turística à parte, onde o brasileiro possui um imóvel com área de 100 metros quadrados.
Marin havia sido aconselhado pelos advogados a passar pelo menos duas semanas sem tentar deixar o apartamento. O acordo previa liberação, desde com autorização prévia do FBI, a polícia federal americana, para situações específicas, como problemas de saúde, ida à igreja e compras. Ele usa uma tornozeleira eletrônica.
Para poder ficar num apartamento enquanto é processado pela Justiça local, o cartola concordou em pagar US$ 15 milhões (aproximadamente R$ 55 milhões) para assegurar que não deixaria a cidade ou o país.
Marin foi preso depois de uma investigação do FBI tê-lo identificado como suposto participante em um esquema de corrupção de corrupção em negociações de direitos de eventos esportivos. Ele deverá comparecer a uma próxima audiência no dia 17 de dezembro.