Rodoviários liberam ônibus nas estações, mas prometem parar amanhã; sindicato desmente

Por Redação
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Grupo fechou as estações da Lapa, Mussurunga e Pirajá. Rodoviários que discordam da proposta prometem parar amanhã.

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As estações de ônibus de Salvador que foram fechadas pelos rodoviários na tarde terça-feira (19)

Grupo fechou as estações da Lapa, Mussurunga e Pirajá em protesto (Foto: Leitor Correio24horas)
Grupo fechou as estações da Lapa, Mussurunga e Pirajá em protesto
(Foto: Leitor Correio24horas)

foram liberadas no final desta noite. Parte da categoria realizou um protesto contra a proposta da  Superintendência Regional do Trabalho, aceita pela categoria durante assembleias realizadas nesta terça-feira (19).

De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador, o grupo fechou as estações da Lapa, Mussurunga e Pirajá, além de pararem os coletivos em uma fila das avenidas Centenário e Vasco da Gama, no percurso do Dique do Tororó até à Lapa e no Vale dos Barris.

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A quantidade de rodoviários parados corresponde a 30% da categoria. Os protestos começaram por volta das 16h. Os rodoviários dissidentes prometem manter os ônibus parados na quarta-feira (20).

O grupo que discorda da proposta aceita pela categoria também pretende parar os coletivos que entrarem nas estações de ônibus amanhã. Cerca de 150 ônibus estão parados na Estação da Lapa, informou um dos rodoviários que permanece no local.

"Por conta da chuva, alguns motoristas levaram os ônibus para as garagens, mas eles não devem rodar amanhã. E quem está aqui [na Estação da Lapa] deve dormir aqui. A gente não vai aceitar esse acordo. Não é só o reajuste, mas a gente não aceitar pagar por Saúde, que é uma obrigação dos empresários fornecer", comentou um dos rodoviários que participa do protesto e que preferiu não se identificar.

A Transalvador, contudo, nega que os ônibus permaneçam parados nas três estações. Segundo o órgão de trânsito, até às 23h20 de hoje, somente dois coletivos estavam parados na região do Dique do Tororó.

Ao ser questionado pelo Correio24horas sobre a circulação de ônibus, o Sindicato dos Rodoviários disse que a frota de ônibus deve circular por Salvador normalmente amanhã. "Acreditamos que sim, que até esta madrugada a gente consiga recolher todos os ônibus para as garagens", disse Fábio Primo, vice-presidente do sindicato.

No entanto, o representante não foi encontrado para comentar se a categoria tem algum plano de contingência caso o grupo que discorda da proposta resolva cruzar os braços. Em nota enviada à imprensa, o secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota, condenou a ação dos rodoviários dissidentes.

"A Prefeitura se esforçou junto aos dois lados da questão, empresários e rodoviários, e foi possível chegar a um entendimento. Por isso, é inaceitável que essa minoria queira deliberadamente atuar para tumultuar a cidade fazendo manifestações e atos isolados sem a menor responsabilidade com os cidadãos", afirmou.

Greve cancelada
De acordo com Daniel Mota, diretor de comunicação do sindicato, cerca de 600 pessoas participaram da assembleia realizada na tarde desta terça-feira (19), no Ginásio de Esporte dos Bancários, nos Aflitos. "Não era o que a gente sonhava no início, mas é uma proposta razoável e aceitável", disse em entrevista ao Correio24horas.

Ainda não há informações sobre a reunião entre os empresários do setor, representados pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (SETPS), para tratar da proposta apresentada pela SRTE, mas de acordo com Mota não há previsão de uma nova greve caso a proposta não seja aceita.

"A gente só sabe e só pode falar pelos trabalhadores. Toda instituição tem os que são contrários e os que são a favor, mas nesse caso os contrários tiveram voto vencido. A maioria decidiu pela não realização da greve, apenas 19 pessoas votaram contra a proposta e o cancelamento da paralisação. Ganhou a maioria; a gente não quer greve", finalizou.

Novo acordo
A proposta da superintendência contempla os trabalhadores com 10% de reajuste salarial, 10% no tíquete-alimentação com redução da contrapartida paga pelos trabalhadores (de 20% para 12%), readmissão de seis funcionários demitidos nas manifestações após o Carnaval, entre outros itens. Os trabalhadores comemoram o percentual proposto.

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