Nos dois depoimentos prestados à Justiça espanhola referentes ao caso de estupro pelo qual é investigado, Daniel Alves apresentou contradições em relação à presença de sêmen no banheiro onde o crime teria ocorrido.
De acordo com informações obtidas pelo UOL, que teve acesso aos depoimentos, no primeiro dia de sua prisão, em 2 de janeiro, o jogador foi questionado sobre os restos de sêmen encontrados no banheiro de uma boate no dia 31 de dezembro de 2022. Inicialmente, Daniel Alves afirmou não saber do que se tratava.
Durante o mesmo interrogatório, a juíza indagou se ele havia ejaculado dentro do recinto naquela noite, ao que Daniel Alves respondeu não se lembrar. Posteriormente, a juíza perguntou se o jogador havia se masturbado no banheiro, e o brasileiro optou por não responder.
Em seu depoimento, Daniel Alves também foi questionado especificamente sobre o sêmen encontrado na vagina da denunciante, cuja análise revelou ser do jogador. No entanto, o ex-lateral da seleção brasileira se recusou a responder.
Minutos depois, Daniel Alves passou a afirmar que houve sexo oral no banheiro enquanto ele “fazia suas necessidades”. Quando questionado sobre a ejaculação, ele admitiu que ocorreu.
A juíza solicitou mais detalhes, e Daniel Alves afirmou que a ejaculação ocorreu “nela, com certeza”, mas não dentro da vagina.
Em um segundo depoimento prestado em 17 de abril, Daniel Alves deu detalhes sobre a relação sexual e admitiu que houve penetração. Ele descreveu que a mulher estava por cima dele e que a levantou para ejacular fora da vagina.
Desde 20 de janeiro, o brasileiro encontra-se preso. Sua defesa entrou com um novo recurso na semana passada, após ter tido dois recursos anteriores negados. A Justiça ainda analisará o último pedido. O desenrolar desse caso complexo continua sendo acompanhado de perto pelas autoridades e pela opinião pública.