Em 1983, o baiano Moraes Moreira já expressava seus sentimentos ao cantar: “agora como é que eu me vingo de toda derrota da vida, se a cada gol do Flamengo eu me sentia um vencedor”. Naquele tempo, ele lamentava a transferência de Zico, reconhecido como o maior ídolo do clube, para a Europa.
Hoje, 42 anos após essa canção, milhões de pessoas deixaram de lado as frustrações e desilusões cotidianas quando o zagueiro Danilo fez um gol de cabeçada que garantiu ao Flamengo seu quarto título da Libertadores.
Neste último domingo (30), centenas de milhares desses torcedores se reuniram no Centro do Rio de Janeiro para celebrar e demonstrar ao time a importância dessa conquista em suas vidas. A festa no centro da cidade refletiu a alegria e a paixão da “Nação”, como a torcida do Flamengo se autodenomina.
Do alto de um caminhão aberto do Corpo de Bombeiros, os jogadores comemoraram ao lado de parte da imensa torcida a vitória alcançada no sábado (29) no Estádio Monumental de Lima, no Peru. A cena foi marcada por um forte simbolismo: a expressão do vínculo emocional que o futebol cria entre seus fãs.
A multidão, que enfrentou horas de espera sob o sol intenso e ocupou as ruas Primeiro de Março e Avenida Presidente Antônio Carlos, duas das principais vias do centro, demonstrou mais uma vez o poder de mobilização que o futebol exerce sobre a sociedade. Essa celebração transcendeu o esporte, unindo diferentes gerações em um mesmo sentimento de vitória e esperança, e reafirmando o Flamengo como um símbolo de resiliência para muitos.
