Caio Bonfim alcançou a gloria ao se tornar o campeão mundial dos 20 km da marcha atlética. A vitória foi confirmada nas primeiras horas da madrugada deste sábado (20), no horário de Brasília, durante uma competição realizada em Tóquio. Bonfim finalizou a prova com um tempo impressionante de 1:18:35, superando o chinês Zhaozhao Wang (1:18:43) e o espanhol Paul McGrath (1:18:45). O atleta Matheus Corrêa (AABLU-SC) completou a prova na 17ª posição, com um tempo de 1:21:04, enquanto Max Batista terminou em 42º, com 1:27:34.
Na competição feminina, Viviane Lyra obteve a 12ª colocação, marcando 1:29:02, e Gabriele Muniz (CASO-DF) alcançou o 32º lugar, terminando com 1:34:28. A atleta Érica Sena (Pinheiros-SP) decidiu abandonar a prova após completar apenas três quilômetros.
Com essa conquista, Caio Bonfim se tornou o maior medalhista do Brasil em mundiais de atletismo, acumulando quatro medalhas em oito edições: bronze nos 20 km em Londres (2017) e Budapeste (2023), além de uma prata nos 35 km, obtida no primeiro dia do Mundial (12/9) deste ano.
No total, o Brasil já conquistou 19 pódios em campeonatos mundiais. As vitórias contam com três ouros: além do marchador brasiliense em 2025, Alison dos Santos venceu nos 400 metros com barreiras em Eugene (2022), e Fabiana Murer destacou-se no salto com vara em Pequim (2015). Esta edição também representa a melhor campanha do Brasil em mundiais, com um ouro e duas pratas: as medalhas de Caio Bonfim e a vice-campeonato de Alison dos Santos nos 400 metros com barreiras.
Em entrevista à assessoria da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Bonfim compartilhou sua emoção: “Ainda não caiu a ficha. Eu não sabia que era ouro. Eu passei o chinês e o espanhol na última volta, fiz a vinda para o estádio (marchando) rápido, porque pensei: ‘eles vão lutar e eu posso perder a medalha, são caras velozes’. Quando chego no estádio, vejo a faixa e penso: ‘ué, nos 35 km eu fui segundo e não tinha faixa’. E aí pensei: ‘meu Deus, eu vou ser campeão do mundo!’”.
Informações da Agência Brasil.