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Salvador faz história como a primeira cidade do Brasil a sediar Mundial

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A beleza de Salvador, somada ao clima tropical e às águas mornas conservadas na piscina da Arena Aquática, situada na Pituba, tem atraído atletas de diversas delegações estrangeiras participantes da 16ª edição do Mundial Sub-20 Feminino de Polo Aquático. Este equipamento, sob a gestão da Prefeitura, oferece estrutura a profissionais de 16 países, abrangendo os cinco continentes, incluindo China, Estados Unidos, Austrália, Espanha, Hungria, México, Israel e África do Sul. Esta é a primeira vez que o Brasil sedia a competição, cujas disputas irão até o próximo sábado (16).

A Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA) informou que, pelo menos, 600 pessoas desembarcaram em Salvador para acompanhar ou competir no evento. As atletas, reconhecidas como as maiores promessas do polo aquático mundial, são candidatas a integrar suas seleções nos próximos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028. A treinadora da seleção da África do Sul, Christina Mogale, expressou sua satisfação com a cidade.

“O clima é semelhante ao nosso. Já conhecemos o calor e nos adaptamos com facilidade. A vista que temos durante os jogos é maravilhosa”, comentou. Para Mogale, a beleza de Salvador impressiona. “É linda e muito distinta das cidades que conhecemos. Salvador é monumental, com diversas estruturas de valor histórico; realmente fascinante. As fotos que víamos na internet pareciam encantadoras, mas a realidade superou nossas expectativas”, elogiou.

Nas sete datas de competições, atletas, comissões técnicas e equipes de apoio de todo o mundo permanecem em Salvador, movimentando a rede hoteleira, o comércio local e o setor de serviços. O evento ainda projeta a cidade em um cenário esportivo internacional, reafirmando a vocação da Arena Aquática como espaço para competições de alto nível. Os jogos ocorrem durante todo o dia, com entrada gratuita e sem interrupções, atraindo grande público.

O pai de uma das atletas da seleção da África do Sul, Geoff Van Den Bosch, observou algumas semelhanças entre Salvador e algumas cidades sul-africanas. “Muitos comparam a África do Sul e Salvador como irmãs. A cidade é fascinante, similar a Maputo, em Moçambique. A energia da cidade é realmente especial”, destacou. Ele classificou a Arena Aquática como um espaço excepcional. “A estrutura é excelente e muito bem localizada, já estive em diversas partes do mundo e este local é realmente magnífico”, afirmou o pai, que tem acompanhado os jogos da filha há 10 anos.

As atletas argentinas Faustina Escola e Juana Masini, com 17 e 20 anos respectivamente, revelaram que esta é a primeira visita a Salvador. Ambas estão animadas por terem a oportunidade de vivenciar a competição na capital baiana. “Estou muito feliz por estar aqui, sempre sonhei em conhecer essa terra. É um lugar lindo e charmoso, a experiência tem sido inesquecível. Nossa equipe está radiante”, compartilhou Escola.

A amiga e colega de time, Juana Masini, além de enaltecer as belezas da cidade, elogiou a qualidade da água da piscina onde os jogos estão sendo realizados. “A água é ótima, não arde os olhos. Conseguimos vencer hoje e já estamos ansiosas para os próximos jogos”, revelou a jovem atleta.

Disputas

Na manhã desta quarta-feira, na disputa do 13º ao 16º lugar, as argentinas venceram a África do Sul por 15 a 10, e o Canadá superou o México por 19 a 8. Já na fase de crossover, oito equipes classificadas competem por quatro vagas nas quartas de final; na tarde de hoje, Israel enfrenta Croácia (13h30), Hungria enfrenta Austrália (16h), Itália se confronta com China (17h30) e Brasil compete contra Nova Zelândia (19h).

As seleções de Estados Unidos, Espanha, Holanda e Grécia, que se classificaram para as quartas de final devido a suas boas campanhas na fase inicial, terão o dia em descanso e aguardam ansiosamente suas adversárias para a disputa da semifinal.

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