Maycol Douglas
Atualmente, o Bahia participa de quatro competições em seu apinhado calendário: o Brasileirão, a Copa do Brasil, a Copa do Nordeste e a Sul-Americana. Além disso, no início da temporada, o clube disputou o Campeonato Baiano, do qual saiu campeão, e a Libertadores, onde foi eliminado na fase de grupos após enfrentar a competição desde a fase preliminar.
Na última terça-feira (15), o Esquadrão fez sua estreia na Sul-Americana contra o América de Cali, da Colômbia, e o jogo terminou em um empate sem gols, na Arena Fonte Nova, válido pelos playoffs. O técnico Rogério Ceni promoveu sete alterações em relação ao time titular que atuou nas duas partidas anteriores e, em entrevista coletiva, explicou a sobrecarga de jogos enfrentada pela equipe. Em apenas sete dias, o Tricolor já havia disputado três partidas: contra o Fortaleza (na Copa do Nordeste), e o Atlético-MG (pelo Brasileirão), além do duelo recente contra os colombianos.
O principal objetivo do Bahia nesta temporada é garantir uma vaga direta na próxima edição da Libertadores. A Sul-Americana se apresenta como uma das possibilidades para alcançar essa meta, visto que o seu vencedor assegura uma vaga na competição continental. Todavia, Rogério Ceni deixa claro que o foco principal do clube é o Brasileirão, levando à dúvida: isso significa que a Sul-Americana deve ser deixada de lado?
A sensação após a estreia na Sul-Americana é de que o clube pode não priorizar a competição da maneira que deveria, o que gera dúvidas e lamentações entre torcedores e comentaristas esportivos. O Bahia é o time com o elenco mais valioso entre as equipes restantes no torneio, avaliando em € 99,70 milhões, o que o coloca como um dos favoritos ao título.
Participar da Sul-Americana é uma oportunidade valiosa para o Bahia. A competição oferece o que o clube deseja: um título de prestígio, uma vaga direta para a Libertadores do próximo ano, recursos financeiros e a chance de disputa na Recopa Sul-Americana, que reúne os campeões da América do Sul em uma emocionante série de dois jogos. Um título representaria prestígio, reconhecimento e um impulso financeiro significativo.
Neste ano, o Bahia investiu substancialmente em contratações, planejando-se para enfrentar o intenso calendário que se apresenta. Assim, as alterações feitas por Rogério Ceni no jogo contra os colombianos são compreensíveis, especialmente após o retorno intenso do período de competições. Contudo, muitos se perguntam se foram necessárias tantas mudanças no elenco.
O caminho do Esquadrão na competição não será fácil. No entanto, em comparação com as outras competições, a Sul-Americana pode se revelar a oportunidade mais viável para o Bahia. O projeto do Grupo City é a longo prazo e não há necessidade de apressar o processo para conquistar um troféu significativo. Ver a Sul-Americana sob uma luz positiva não é um exagero; é, de fato, uma possibilidade concreta.
A hegemonia brasileira na Libertadores tem sido inegável; desde 2019, todos os campeões pertencem ao Brasil. Contudo, a situação é distinta na Sul-Americana, uma vez que muitos clubes brasileiros não valorizam a competição adequadamente. Neste ano, o Cruzeiro decidiu não praticar seriedade em alguns jogos da fase de grupos e acabou eliminado prematuramente, e o Fluminense até viajou sem a presença do técnico Renato Gaúcho.
A próxima partida do Bahia contra o América de Cali está agendada para a próxima terça-feira (22), às 21h30, na Colômbia. Se o clube avançar, encontrará o Fluminense nas oitavas de final, tendo a oportunidade de continuar sua trajetória nesta competição, enquanto a expectativa do torcedor se acumula para descobrir a conclusão dessa história.