Maycol Douglas
A recente declaração do novo diretor da base do Flamengo, Alfredo Almeida, sobre jogadores africanos provocou uma onda de críticas nas redes sociais, especialmente entre os jornalistas esportivos. Em uma coletiva de imprensa, Almeida fez comentários infelizes a respeito das habilidades intelectuais de jogadores africanos, sugerindo que, apesar de suas notáveis qualidades físicas, eles teriam dificuldades em compreender o jogo sem orientação externa.
O jornalista Paulo Cesar Vasconcellos, comentarista da Globo e do SporTV, não hesitou em reagir à fala do dirigente. “Ele acabou de afirmar que o corpo preto africano não é capaz de pensar. O jogador é forte, alto, mas, se não houver a direção de um branco europeu para indicar como se comportar em um jogo de futebol, esse corpo preto não terá a capacidade de agir adequadamente”, criticou Vasconcellos durante sua participação em um programa esportivo.
As redes sociais foram tomadas pela indignação de torcedores do Flamengo, que também expressaram revolta diante da declaração do novo diretor. “Essa declaração é vergonhosa. Espero que o clube tome alguma decisão sobre isso”, escreveu um internauta, ressoando o sentimento de muitos outros que se manifestaram contra as afirmações de Almeida.
A repercussão das palavras de Alfredo Almeida levanta importantes questões sobre a percepção e o respeito à diversidade no esporte, especialmente em um clube do porte do Flamengo, que tem uma rica tradição de jogadores de diferentes origens e nacionalidades. A necessidade de uma abordagem mais consciente e inclusiva foi enfatizada por muitos internautas. Em resposta a toda a controvérsia, especialistas em diversidade no esporte reiteram a importância de se reconhecer e valorizar as habilidades de jogadores independentemente de sua origem étnica.
