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Brasil conquista prata e bronze no 3º dia do Mundial de Judô na Hungria

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No domingo, dia 15, o Brasil conquistou duas medalhas durante o terceiro dia do Campeonato Mundial de Judô realizado em Budapeste, Hungria, a primeira grande competição do ciclo olímpico rumo aos Jogos de Los Angeles, que ocorrerão em 2028. O gaúcho Daniel Cargnin, que já foi medalhista olímpico em duas ocasiões, sagrou-se vice-campeão na categoria até 73 quilos. Já a paranaense Shirlen Nascimento, que estreou na competição, garantiu a medalha de bronze na categoria dos 57 kg. O evento, que se estenderá até o dia 20, reúne um total de 556 judocas oriundos de 93 países, incluindo 18 competidores brasileiros como Beatriz Souza (78 kg), Rafaela Silva (63 kg), Rafael Macedo (90 kg) e Leonardo Gonçalves (100 kg), todos com experiência em grandes torneios internacionais.

A prata conquistada por Cargnin teve um significado marcante, pois ele quebrou um jejum de oito anos sem representantes brasileiros na disputa masculina do Mundial. O judoca, que possui 27 anos e já é proprietário de duas medalhas de bronze olímpicas – uma por equipes em Paris 2024 e outra no individual na categoria 66 kg em Tóquio 2020 – fez seu retorno às competições após uma longa pausa de oito meses devido a lesões no tornozelo e no ombro. Após esse período, Cargnin voltou aos tatames em abril, durante o Campeonato Pan-Americano e Oceania em Santiago, onde garantiu uma prata no individual e um ouro na competição por equipes.

No combate final, Cargnin foi superado pelo francês Joan-Benjamin Gaba, atual vice-campeão olímpico, que conseguiu um waza-ari e levou a luta ao golden score. Dizem que o Mundial pode ser até mais difícil do que a própria Olimpíada, devido à quantidade de categorias duplicadas. Para os Jogos de Los Angeles, meu foco deve ser manter a humildade. No último ciclo, quando medalhei no Mundial, comecei a pensar excessivamente na Olimpíada e não aproveitei os momentos presentes. Agora, é hora de desfrutar esta medalha de prata. Apesar da derrota, estou satisfeito com a performance que tive no tatame. A resiliência é fundamental, pois as derrotas não definem o fim e as vitórias não devem ser um motivo para a inatividade. O foco agora é ajudar a equipe da melhor forma possível nas competições por equipes”, refletiu Cargnin em declaração à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

Shirlen Nascimento, apesar de ser debutante em Mundiais, vem se destacando após notáveis conquistas em campeonatos internacionais, incluindo um bronze no Grand Slam de Abu Dhabi em 2024, que a classificou para a Seletiva Nacional e, consequentemente, para o Pan-Americano em Santiago, onde subiu ao topo do pódio. Em seu percurso, ainda disputou o Grand Slam de Astana, onde conquistou mais um bronze, antes de ser convocada para o Mundial em Budapeste.

No confronto pela medalha de bronze do Mundial, Shirlen teve um desempenho emocionante, finalizando sua luta contra Maysa Pardayeva, do Turcomenistão, também no golden score, com um waza-ari. “A minha trajetória teve desafios desde o início, mas recebi várias dicas que facilitaram a progressão na competição. O esforço vem tendo resultado, e estou em uma fase crescente, com apoio essencial da equipe,” revelou a judoca paranaense.

Atletas brasileiros em ação nesta segunda-feira (16):

  • Nauana Silva (63 kg)
  • Rafaela Silva (63 kg)
  • Gabriel Falcão (81 kg)
  • Luan Almeida (81 kg)
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