O governo da Bahia tem enfrentado dificuldades em suas tentativas de negociar a concessão do Estádio Metropolitano de Pituaçu com o Bahia SAF. A administração liderada por Jerônimo Rodrigues (PT) identifica o clube, atualmente sob a gestão do Grupo City, como o parceiro ideal para assumir a gestão do espaço esportivo. No entanto, a proposta não despertou o interesse do Bahia, conforme informações do jornal A Tarde.
A intenção do governo estadual era elaborar um pacote que incluísse tanto o Estádio Pituaçu quanto a Arena Fonte Nova, permitindo que o Bahia administrasse ambos os locais. Essa proposta previa o uso dos estádios pelas equipes principais, masculina e feminina, além das categorias de base, ampliando assim as oportunidades para atividades esportivas na região.
Entretanto, fontes próximas ao Palácio de Ondina informam que o Bahia deixou claro que seu interesse se limita à gestão da Arena Fonte Nova. Neste estádio, o clube realiza suas partidas do Campeonato Brasileiro e de outras competições. Diante disso, a proposta para o Pituaçu não avançou, e o governo deverá reavaliar o futuro do estádio nos próximos meses.
“O setor privado apresenta mais criatividade. Se tivéssemos o controle desse estádio, do governo da Bahia, encontraríamos dificuldades para fomentar eventos”, declarou Jerônimo Rodrigues em fevereiro, ao defender a concessão da Arena Fonte Nova.
Relação
Desde que o Grupo City assumiu o controle do Bahia em 2023, a comunicação entre o clube e o governo estadual tem sido constante. Em uma reunião realizada naquele ano, os representantes do clube se reuniram com o Executivo baiano para discutir a busca de um terreno destinado à construção de um novo centro de treinamento na capital.
A área escolhida para a nova estrutura fica entre a Via Metropolitana e o Quilombo do Quingoma, próxima ao Aeroporto de Salvador. O investimento previsto na obra pode alcançar até R$ 200 milhões, e a nova infraestrutura atenderá as equipes principais do clube, enquanto as divisões de base continuarão na Cidade Tricolor, em Camaçari.
Ainda na mesma reunião com o governo, os dirigentes do Bahia manifestaram interesse em participar da futura licitação para a gestão da Arena Fonte Nova. Atualmente, o estádio é administrado por um consórcio de construtoras dentro de um regime de parceria público-privada (PPP), com um contrato que se estende até o primeiro semestre de 2028.