A deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), popularmente conhecida como Daniela do Waguinho, protocolou na última segunda-feira (5) um pedido de afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Essa iniciativa surge em um contexto de questionamentos acerca da legitimidade de atos anteriores na entidade e acompanha um pedido de revisão do acordo que havia sido homologado pelo STF em fevereiro deste ano, o qual pôs fim a um processo referente às eleições da CBF.
No cerne de sua petição, Daniela Carneiro fundamenta seu pedido em um laudo pericial que atesta a falsidade da assinatura do Coronel Nunes no acordo firmado no início de 2025. O Coronel Nunes, que atuou como ex-presidente da CBF e vice de Ednaldo Rodrigues em seu mandato anterior, teria posposto sua assinatura sob circunstâncias que comprometem sua veracidade e autenticidade. O relatório pericial sugere que o ato não foi realizado de maneira “livre e consciente, sob plenas faculdades mentais”, o que levanta questões significativas acerca da validade do referido documento.
Agora, o pedido da deputada será examinado pelo relator do caso, o ministro Gilmar Mendes, que se debruçará sobre os documentos apresentados nos autos, buscando compreender a totalidade da situação. A decisão que se seguirá poderá ter implicações profundas sobre a governança da CBF, uma instituição que exerce grande influência no cenário esportivo brasileiro.
Em resposta a essas acusações e à demanda de Daniela Carneiro, a CBF divulgou um comunicado na tarde desta terça-feira (6), nesta declaração a entidade ressalta que todas as medidas ligadas ao acordo foram executadas com total conformidade legal e com a participação de representantes devidamente legitimados. Com isso, a CBF se posiciona firme na defesa da normalidade de seus processos internos diante das contestações levantadas.