A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou um aumento expressivo nos salários dos presidentes das 27 federações estaduais de futebol. De acordo com uma reportagem da revista Piauí, veiculada na última sexta-feira (4), os salários mensais dos dirigentes saltaram de cerca de R$ 50 mil para impressionantes R$ 215 mil, o que representa um incremento de 330% nos pagamentos.
Esse reajuste foi aprovado pouco antes da reeleição de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF, com seu mandato prorrogado até 2030. A decisão já gerou polêmica, levantando dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral e possíveis relações entre o aumento salarial e o respaldo recebido pelas federações para a recondução de Ednaldo ao cargo.
Na disputa, o único nome cogitado como possível concorrente, o ex-jogador Ronaldo Nazário, decidiu se retirar após perceber uma resistência unânime por parte das entidades estaduais, que manifestaram total apoio à continuidade do atual presidente.
O movimento da CBF em relação ao aumento dos salários coincide com um período em que a confederação enfrenta críticas frequentes sobre a falta de transparência e as práticas políticas utilizadas na gestão da entidade que comanda o futebol brasileiro. Até o presente momento, a CBF não emitiu um pronunciamento oficial sobre o teor da reportagem publicada.