Brasil termina sem medalhas no Mundial de Judô após 15 anos

Por Redação
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O Brasil encerrou o Mundial de Judô, disputado em Abu Dhabi, sem medalhas e teve sua pior participação em quinze anos. Desfalcado, o Brasil não teve a participação de grandes nomes, como Rafaela Silva e Mayra Aguiar.

Nesta sexta-feira (24), os brasileiros perderam para o Uzbequistão na disputa de equipes mistas. Apesar dos resultados, a competição foi positiva para Michel Augusto, que garantiu a vaga olímpica.

O judô é um dos esportes que mais trazem medalhas olímpicas para o Brasil, com judocas brasileiros subindo ao pódio do Mundial desde 2009. Este ano, o Brasil contou com um time de 18 atletas no Mundial, incluindo sete dos dez que já foram convocados para as Olimpíadas.

O campeonato deste ano foi realizado em condições atípicas, a dois meses das Olimpíadas. Focados na preparação para Paris, Mayra Aguiar, Rafaela Silva e Rafael Silva, o Baby, decidiram não participar da competição.

Ainda por conta das consequências da pandemia de Covid-19, a disputa do Mundial atrasou e a Federação Internacional decidiu realizar agora, a dois meses dos Jogos. Outros países também tiveram atletas que ficaram de fora por conta das Olimpíadas, como o Japão e a França. Maiores potências do judô mundial, as confederações não levaram seus principais judocas para a competição.

Uta Abe, japonesa tetracampeã mundial e campeã olímpica, foi poupada na categoria até 52kg. No lado francês, Teddy Riner, considerado o maior judoca da atualidade, também não esteve presente.

O Mundial foi importante para o brasileiro Michel Augusto, de 19 anos, que carimbou o passaporte para as Olimpíadas na categoria até 60 kg. Michel já havia subido no ranking quando foi ouro no Pan-Americano de Judô, realizado pouco antes do Mundial, no Rio de Janeiro.

Outro nome importante do judô brasileiro que esteve em Abu Dhabi foi o medalhista olímpico Daniel Cargnin. O brasileiro se preparou para a competição em condições difíceis. Natural de Porto Alegre, Cargnin foi um dos atletas que se mobilizou para ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

O judoca estava trabalhando como voluntário nos abrigos da região, e também viu amigos e familiares serem afetados. Em entrevista ao programa Ça Va Paris, Cargnin disse que não estava conseguindo focar nos treinos para a competição com a rotina intensa. Na disputa pelo bronze nos -73kg, ele perdeu para Ankhzaya Lavjargal, da Mongólia.

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