O secretário-geral da Fifa, Mattias Grafstrom, anunciou que a entidade máxima do futebol mundial apresentará uma proposta ao seu Congresso para a implementação de avaliações obrigatórias, que incluirão a suspensão de partidas, nos casos de incidentes de ataque racista em todas as suas 211 associações afiliadas.
Grafstrom, recém-nomeado para o cargo, enviou uma carta para todas as associações afiliadas detalhando a proposta, que contempla a introdução de regras e avaliações, ações em campo e possíveis acusações criminais.
“Nós faremos do racismo uma infração específica com inclusão obrigatória nos Códigos Disciplinares Individuais de todas as 211 Associações Membro da Fifa, diferenciando o racismo de outros incidentes e estabelecendo sanções específicas e severas, incluindo a suspensão da partida”, afirmou Grafstrom, cuja proposta será apresentada no Congresso da Fifa em Bangcoc na sexta-feira (17). “Vamos pausar, suspender e abandonar jogos em casos de racismo, introduzindo um gesto padrão global para que os jogadores comuniquem incidentes racistas e os árbitros reconheçam a necessidade de implementar o procedimento de três etapas.”
O gesto consiste em os jogadores levantarem as mãos e cruzarem os pulsos para alertar o árbitro sobre um incidente racista em campo.
O procedimento em três etapas adotado pela Fifa envolve o árbitro solicitando um anúncio público para exigir o fim do comportamento racista, suspender a partida até que a situação seja resolvida e, em algumas situações, abandonar o jogo completamente.
“Nós iremos pressionar pelo reconhecimento do racismo como um delito criminoso em todos os países do mundo e, nos locais onde já é considerado um crime, iremos lutar para que seja tratado com a seriedade que merece”, acrescentou a Fifa.
A entidade também buscará desenvolver e promover iniciativas educacionais em parceria com escolas e governos, além de estabelecer um painel antirracismo composto por ex-jogadores.
