Na noite da última quinta-feira (21), as autoridades prenderam Robinho em Santos, São Paulo. A decisão veio após o mandado da Justiça Federal, que chegou no dia seguinte à determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele cumprisse, no Brasil, a sentença de nove anos em regime fechado por estupro, após condenação na Itália.
A Justiça Federal de Santos recebeu o ofício do STJ à tarde e expediu o mandado de prisão no início da noite. O ex-jogador foi encaminhado para a sede da Polícia Federal na cidade horas depois. A defesa de Robinho apresentará recurso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os advogados do ex-atleta tentaram reverter a decisão com um habeas corpus no STF, solicitando que Robinho aguardasse em liberdade os recursos do processo. No entanto, o ministro Luiz Fux, responsável por analisar a liminar, negou o pedido.
O STJ determinou a homologação da pena no Brasil em Corte Especial, realizada na última quarta-feira (20), em Brasília, no Distrito Federal. A decisão foi a favor da determinação, com 9 votos a 2. A defesa agora busca um embargo de declaração no STJ, contestando pontos do acordo, e posteriormente um recurso extraordinário no STF.
Entretanto, o processo tende a ser mais demorado. A Corte Especial do STJ decidiu que a sentença da Itália deve ser cumprida no Brasil e que Robinho deveria ser preso imediatamente. Por isso, na noite de quinta-feira, a Justiça Federal seguiu a determinação.
O crime pelo qual Robinho foi condenado ocorreu em janeiro de 2013, na boate Sio Café, em Milão. Segundo a investigação, o ex-jogador e mais cinco brasileiros estiveram envolvidos no ato. Além de Robinho, outro brasileiro, Ricardo Falco, recebeu a mesma condenação de nove anos de prisão, mas o processo contra ele no STJ ainda aguarda julgamento.
