
O governador Rui Costa (PT) comentou as críticas que vem recebendo sobre a nova estratégia da Polícia Militar da Bahia no carnaval de Salvador. A corporação foi orientada a seguir com o patrulhamento nos circuitos apenas na lateral dos blocos. A mudança tem gerado questionamentos a respeito da velocidade do poder de ação dos policiais diante de brigas e outras ocorrências nos circuitos.
“Temos efetuado mais prisões e apreensões, inclusive nos portais e também fora dos portais, com câmeras de reconhecimento facial. Então, o número de prisões de pessoas com mandado de prisão em aberto é superior ao ano passado. O número de abordagens é superior ao ano passado, mas tem sempre esse ajuste fino a ser feito. De um lado, recebo a mensagem dizendo que a polícia tem que ser mais enérgica e do outro lado que a polícia tem que ser menos enérgica”, avaliou o petista, em coletiva de imprensa no Campo Grande, na manhã deste domingo (23).
“É evidente que as opiniões se dividem e as situações são muito diversas. O que a gente busca é ter um padrão homogêneo de atuação, mas nem sempre é fácil. As situações são diferentes, as pessoas que estão naquela situação são diferentes. O tempo todo, a busca do comando da PM e de cada grupamento é manter homogênea a atuação. Mas diria que, de uma forma geral, o Carnaval está seguindo o padrão do ano passado em número de ocorrências, com pequenas variações para menos ou para mais em alguns ítens. Portanto, até agora, segue muito parecido com o padrão de ocorrências do ano passado”, completou o chefe do Palácio de Ondina.
Na visão do governador, “cada líder de tropa tem o poder de tomar a decisão” durante as ocorrências. “Não é possível dar uma orientação, mesmo do Comandante da PM, uniforme. É a situação concreta que fará com que o oficial que estiver comandando aquele pelotão tome a decisão acertada para cada momento”.