Reinauguração da Fafen irá gerar 320 postos diretos de trabalho

Por Redação
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Foto: Divulgação

Acontece nesta quarta-feira, 4, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o ato de retomada da planta de produção de fertilizantes da antiga Fábrica de Fertilizantes do Nordeste (Fafen) pelo Grupo Unigel, por meio da Proquigel Químíca. O governador Rui Costa (PT) participa de cerimônia, programada para às 10h.

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Em julho do ano passado, a Proquigel Química assinou com o governo estadual um protocolo de intenções para arrendamento da Fafen Bahia, com investimentos previstos de R$ 95 milhões e a geração de 320 postos de trabalho diretos.

"É importante ressaltar o esforço do Governo do Estado para a reabertura da Fafen, única produtora nacional de fertilizante nitrogenado. Esta unidade tem uma importância enorme para a Bahia e o País", declarou à época o vice-governador João Leão (PP), na ocasião também à frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (atualmente ele acumula a pasta de Planejamento).

Leão também destacou que, com a hibernação da planta, o produto passou a ser importado e que a maior reivindicação para a operação era a questão do gás, tendo o Estado trabalhado para regulamentar o consumidor livre, permitindo que os usuários negociem o próprio suprimento. Outra questão é o lado social, com a garantia dos empregos.

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A Proquigel Química também está assumindo a operação da unidade da antiga Fafen no estado vizinho de Sergipe. Além dessas duas fábricas de fertilizantes, o arrendamento inclui os terminais marítimos de amônia e ureia do Porto de Aratu, na Bahia, As duas plantas industriais produzirão ureia e sulfato de amônio.

Reação

O fechamento da Fafen pela Petrobras ocorrido em 2019 gerou grandes manifestações de trabalhadores e mobilizou grande parte da classe politica baiana. Na época, a estatal argumentou que teve um prejuízo de R$ 200 milhões em 2017, somente com a unidade da Bahia.

Devido à importância da fábrica para a cadeia produtora do Pólo de Camaçari, muitos empregados do núcleo industrial aderiram ao movimento em defesa da unidade. As mobilizações foram organizadas por diversos sindicatos com atuação no Polo. Além do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), participaram do movimento as seguintes entidades: Sindiquímica, Sindborracha, Sinditticc, Siticcan, Sindcelpa, Sintercoba, Sindlimp, Sindmetropolitano, Sispec e Sindae, entre outros.

Deputados ligados ao segmento chegaram a anunciar uma articulação política conjunta com o governador Rui Costa e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com o objetivo de conseguir uma reunião com o então ministro da Casa Civil do Governo Federal, Onyx Lorenzoni, para mostrar a importância da Fafen para a economia da Bahia e defender a viabilidade do financiamento.

A estimativa é de que mais de 700 operários e famílias foram impactados com o fechamento da Fafen, dos quais 370 trabalhadores diretos. Em meio ao imbróglio, diante dos danos sociais causados, a Justiça chegou a impedir o fechamento da fábrica.

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