Os bancos contrataram 29.889 funcionários e desligaram 39.775, em 2015. O salário médio dos admitidos pelos bancos foi de R$ 3.550,19, contra R$ 6.308,10 dos desligados.
O setor bancário brasileiro fechou 9.886 postos de trabalho em 2015, segundo a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), publicada nesta semana pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). O número é 97,6% maior do que o número de demitidos pelos bancos em 2014 (5.004).
O estudo é feito mensalmente, em parceria com o Dieese, usa como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e também revela que nos últimos três anos o setor permaneceu extinguindo empregos. Na comparação com 2013, o corte de pessoal no ano passado foi 128,4% superior. Naquele ano foram desligados 4.329 funcionários.
Segundo a pesquisa, os bancos múltiplos, com carteira comercial – categoria que engloba grandes instituições, como Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil –, continuam sendo os principais responsáveis pelo saldo negativo. Eles eliminaram 7.248 empregos em 2015 (73% do total). Na Caixa, foram fechados 2.497 postos de trabalho no período (25%).
Na comparação mensal, dezembro apresentou o terceiro pior saldo, foram fechados 1.639 postos de trabalho, perdendo apenas para os meses de julho (-3.069) e novembro (-1.928). Em julho, o saldo negativo foi influenciado pelos programas de incentivo à aposentadoria implantados no Banco do Brasil e na Caixa.
Salários mostra desigualdade de gênero
Mesmo representando metade da categoria e tendo maior escolaridade, as mulheres continuam ganhando menos. As 14.291 mulheres admitidas, em 2015, receberam, em média, R$ 3.158,29, valor 19,2% inferior à remuneração média dos homens contratados no mesmo período, que foi de R$ 3.909,25.