Na cidade de Candeias, na Bahia, uma batalha política fervilhante está em curso, envolvendo o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Verde (PV) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
No centro desse embate está a figura da vice-prefeita Marivalda da Silva, apoiada pelo PT estadual como candidata à prefeitura. O presidente estadual do PT, Éden Valadares, enfatizou que todas as decisões relacionadas às eleições em Candeias devem ser aprovadas pela Executiva estadual do partido. Valadares reafirmou o apoio incondicional a Marivalda, destacando sua trajetória e respaldo político.
Entretanto, essa posição não é consensual, nem mesmo dentro da própria coalizão formada pelos partidos de esquerda na cidade. O PV lançou a pré-candidatura do vereador Sílvio Correia, obtendo apoio do PCdoB local e formando uma maioria substancial dentro da federação. Essa discordância deixa claro que o consenso em torno de Marivalda como candidata não é universal, especialmente entre os membros atuantes em Candeias.
A resistência à candidatura de Marivalda é evidenciada pela postura do diretório municipal do PT em Candeias, que não expressou apoio formal à sua candidatura. Além disso, o próprio Sílvio Correia rejeita a imposição da candidatura de Marivalda, destacando sua própria experiência política e alegando ter apoio significativo dentro da comunidade.
O embate político não se limita apenas à escolha do candidato à prefeitura, mas também se estende à composição das chapas proporcionais. Éden Valadares reivindica a prerrogativa da Executiva estadual do PT para tomar decisões sobre filiações e composições de chapa, gerando controvérsia e acusações de interferência externa na política local.
A reação dos presidentes municipais dos partidos envolvidos demonstra a tensão crescente. Eles criticam a suposta imposição de decisões por parte de Éden Valadares e defendem a autonomia dos dirigentes locais na definição das estratégias políticas para Candeias. Essa reação reflete a resistência à velha política de centralização de poder, apelando para uma abordagem mais democrática e participativa.
O presidente do PV na Bahia, Ivanilson Gomes, indica a possibilidade de um entendimento entre os partidos, sugerindo a formação de uma chapa conjunta com Sílvio Correia como vice de Marivalda. Essa possibilidade evidencia a complexidade das negociações políticas em jogo e a busca por um consenso que atenda aos interesses de todas as partes envolvidas.
Em meio a esse cenário, é fundamental reconhecer que a disputa em Candeias vai muito além das divergências partidárias. Envolve aspirações políticas, interesses locais e a busca por representatividade genuína. A forma como essa disputa será resolvida terá repercussões significativas não apenas para os partidos envolvidos, mas principalmente para os cidadãos de Candeias, que esperam uma liderança capaz de promover o desenvolvimento e o bem-estar da cidade.
