banner

3 Min
Lâmpadas queimadas em corredor da Biblioteca Central, no campus de Ondina (Foto: Marina Silva)
Lâmpadas queimadas em corredor da Biblioteca Central, no campus de Ondina (Foto: Marina Silva)

Até o final da próxima semana, a Biblioteca Reitor Macedo Costa, que fica no campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (Ufba) passará por manutenção e terá as lâmpadas queimadas substituídas. Ontem, o CORREIO mostrou corredores da Biblioteca Central às escuras. Além disso, o forro do teto do local cedeu e alguns dos aparelhos de ar-condicionado não funcionam.

De acordo com a superintendente do Sistema de Bibliotecas da instituição, Jucélia de Oliveira, os problemas serão reparados. “Isso tudo já foi providenciado. Já tinha ido na Sumai (Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura) e estamos apenas esperando a vinda dos eletricistas para regularizar a situação”, afirmou.

Já o conserto do ar-condicionado depende da renovação do contrato de manutenção e a superintendente não soube informar quando isso deve acontecer. Segundo a assessoria da Ufba, desde dezembro do ano passado, o reitor João Carlos Salles determinou uma revisão na estrutura da universidade, incluindo a criação de um cronograma de manutenção.

A biblioteca já estava incluída no cronograma, que, desde janeiro, promoveu obras no Restaurante Universitário e nas residências estudantis. O cronograma completo não foi informado. Além de problemas estruturais, a biblioteca teve o funcionamento comprometido por conta do atraso no pagamento dos funcionários terceirizados.

O horário de fechamento foi recuado: passou das 22h para 18h desde a semana passada. A crise na universidade ocorre desde o final do ano passado.  Para o orçamento de 2015, serão R$ 60 milhões a menos no custeio da instituição — ao todo, eram esperados R$ 180 milhões. Devido às limitações orçamentárias anunciadas pelo governo federal, o repasse às universidades foi reduzido em um terço.

Em reunião com reitores das federais, o Ministério da Educação (MEC) informou anteontem, no entanto, que pelo menos este mês, não houve contingenciamento. A Ufba porém não reviu a posição divulgada em carta da Reitoria na última segunda-feira, anunciando a redução em até 25% de contratos de terceirizados e gastos com custeio (água, energia e telefone), além da suspensão de viagens, diárias e hospedagens — segundo a carta, a recomendação é que se use serviço de teleconferência. Hoje, a Ufba contrata 47 empresas e conta com 2.061 funcionários terceirizados.

Entre eles estão incluídos prestadores de serviços de limpeza, segurança patrimonial, manutenção, portaria e recepção. O gasto com essas empresas chega a R$ 5,8 milhões por mês. Segundo o reitor, apesar dos cortes, as condições essenciais de ensino, pesquisa e extensão serão garantidas.

Correio24

Compartilhe Isso