A utilização de tecnologias na sala de aula tem sido um tema de grande relevância nos dias de hoje. Em meio a debates sobre restrições de celulares nas escolas e o emprego crescente de Inteligência Artificial (IA), como o ChatGPT, há defensores do uso responsável dessas ferramentas.
O professor especialista em Educação Especial e Inovação Tecnológica pela UFRRJ, o Jorge Júnior, acredita que introduzir recursos tecnológicos na sala de aula é uma maneira de torná-la mais atrativa para as novas gerações. Ele destaca que os estudantes gostam de música, e usar um aplicativo que produz música para resumir uma aula pode ser algo maravilhoso. Com o ChatGPT, os alunos têm a oportunidade de transformar o conteúdo em composições, o que é uma forma divertida de fixar o conhecimento.
A inserção de tecnologia na educação pode servir para diversificar as atividades em sala de aula, mesmo em escolas onde o uso de aparelhos eletrônicos é restrito. O professor ressalta que o celular deve ser utilizado sempre com a orientação e supervisão do docente, que determina os limites de uso de acordo com a atividade. É importante frisar que o celular é uma ferramenta complementar e não substitui momentos de leitura, trabalhos ou exercícios.
Segundo Jorge Júnior, é fundamental planejar o uso das tecnologias como ferramenta nos momentos adequados. Mesmo que os alunos queiram utilizar o celular o tempo todo, é essencial estabelecer limites para que compreendam que existe hora para tudo. O professor deve criar essa conexão entre o conhecimento que precisa transmitir e o ambiente em que os alunos conseguem absorver o aprendizado.
Do suporte personalizado ao mercado de trabalho, a Inteligência Artificial generativa tem desempenhado um papel fundamental na transformação do mercado educacional, como é o caso da Estácio. A utilização de uma IA para apoiar a jornada acadêmica, melhorar a qualidade, personalizar o ensino e fornecer informações sobre o desempenho das turmas tem se mostrado eficaz.
O diretor nacional de ensino na Estácio, Flávio Murilo, enfatiza que mais de 700 mil alunos de graduação agora contam com a assistência da ‘Tácia’, a IA generativa desenvolvida pela universidade. Essa ferramenta oferece respostas acadêmicas e apoio às atividades on-line dos alunos, principalmente no ensino digital.
É importante destacar que a ‘Tácia’ é programada para explicar como resolver uma questão e não simplesmente dar a resposta pronta. Essa abordagem contribui significativamente para tornar o processo de ensino-aprendizagem mais atrativo para os estudantes da geração atual, que estão cada vez mais adaptados ao uso de recursos tecnológicos e ambientes virtuais.
Em síntese, a utilização responsável de tecnologias na educação pode trazer benefícios significativos para o processo de ensino e aprendizagem, desde que seja feita de maneira orientada e dentro de limites estabelecidos. A integração de ferramentas como a IA generativa pode agregar valor ao mercado educacional, oferecendo suporte personalizado aos alunos e auxiliando os professores no acompanhamento das atividades acadêmicas.