Empresa contrata profissionais veteranos que atuam na produção do etanol para assumir direção da RLAM

Por Redação
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Foto: Divulgação

Mubadala Capital, uma empresa de capital de risco nos Emirados Árabes Unidos, contratou um grupo de veteranos do etanol brasileiro para operar sua refinaria Landulpho Alves (RLAM), cuja capacidade é de 323.000 barris por dia (bpd).

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A Mubadala, que assinou em março de 2021 um acordo para comprar da Petrobras a refinaria no nordeste do estado da Bahia junto com ativos logísticos por US $ 1,65 bilhão, nomeou um CEO, CFO, diretor financeiro corporativo e diretor comercial, que têm um passado comum: todos possui vasta experiência no setor de etanol.

Os quatro magos do etanol estão trabalhando em uma empresa recém-criada chamada Acelen, que será a futura controladora da RLAM, apurou o site Energy News Today. A Acelen deve assumir o controle do ativo nos próximos meses, quando o processo de compra, que está sujeito à aprovação regulatória, for concluído. O porta-voz da Acelen não fez comentários.

Três dos executivos trabalharam na Atvos, a segunda maior produtora de etanol do Brasil até o pedido de concordata em 2019. O CEO da nova empresa é Luiz de Mendonça, que foi CEO da Atvos durante 2012-2019. Mendonça também foi conselheiro da Braskem, gigante petroquímica brasileira. Ele tem uma ampla experiência internacional e se descreve como “qualificado em fusões e aquisições, recuperação de negócios, inovação e tecnologia e desenvolvimento de negócios”. Durante sua gestão, Atvos se tornou um dos maiores produtores de bioenergia do Brasil, com 11.000 funcionários, nove usinas e mais de 400.000 hectares de plantação de cana-de-açúcar.

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O CFO indicado pela Acelen é Alexandre Perazzo de Almeida, que foi CFO da Atvos de 2014 até deixar a empresa em junho passado. Marcelo Franca Nogueira, que integrou sua equipe como diretor financeiro corporativo, terá o mesmo cargo na Acelen.

O grupo de veteranos do etanol é completado por Mario Stenico, que foi nomeado chefe de comércio e pesquisa da Acelen. Dos quatro veteranos do etanol, ele é o único que não vem de Atvos. Até agosto foi trader e gerente de pesquisa de commodities de energia na Ipiranga, que distribui e comercializa combustíveis e lubrificantes por meio de mais de 7.000 postos de gasolina no Brasil. Suas responsabilidades na Ipiranga incluíam análises de petróleo bruto, gasolina, diesel, etanol (cana-de-açúcar e milho) e biodiesel de soja. Antes de trabalhar na Ipiranga, foi responsável pela comercialização estratégica da Louis Dreyfus Co. no Brasil.

Localizada no distrito de Mataripe, em São Francisco do Conde, a RLAM iniciou suas operações em setembro de 1950 e passou por diversas atualizações aceleradas. A refinaria produz GLP, gasolina, diesel, nafta petroquímica, entre outros produtos. Além das instalações em Mataripe, a operação inclui ativos como terminais de abastecimento e dutos.

A Mubadala Capital é a subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Co., um investidor soberano líder global com sede em Abu Dhabi. Além de administrar sua própria carteira de investimentos, a Mubadala Capital administra US $ 9 bilhões de capital de terceiros em nome de investidores institucionais em todos os seus negócios, incluindo um fundo no Brasil, três fundos de private equity, dois fundos de venture capital em estágio inicial e um fundo público.

Conforme noticiado, a Petróleo Brasileiro SA, que domina o setor de refino de petróleo do Brasil, tem vendido algumas de suas refinarias, em um movimento que visa aumentar a concorrência e prever mais espaço para o país importar combustível.

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