Compras de Última Hora para o Natal: Comércio em Alta, Consumidores Cautelosos

Por Redação
4 Min

Comércio em Alta: Expectativas para o Natal de 2025

A véspera de Natal é sempre um período de intensa movimentação no comércio, e este ano não é diferente. Com um cenário de pleno emprego e um dólar mais favorável, os brasileiros estão se preparando para investir um pouco mais em presentes e itens para a ceia. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas devem crescer 2,1% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 72,71 bilhões, marcando o melhor Natal para o comércio desde 2014.

Celma Borges, aposentada de 62 anos, aproveitou a manhã para comprar os últimos presentes no Polo Saara, um dos principais centros de compras populares no Rio de Janeiro. Ela afirmou que, apesar da cautela, os preços melhores a permitiram investir mais nas tradicionais lembrancinhas para sua família, incluindo filhos e netos. “Os preços estão melhores”, disse Celma, que planeja presentear todos os seus sete netos.

Por outro lado, Joice Batista, técnica em saúde bucal de 43 anos, decidiu encomendar pijamas combinando para a família. Ao retirar as encomendas e comprar calçados para a celebração, ela compartilhou que gastou cerca de R$ 500 em presentes. Sua experiência reflete uma tendência de maior planejamento e investimento nas festividades.

As previsões para o fluxo de clientes nos shoppings também são otimistas. O Shopping Nova América, por exemplo, espera mais de 1 milhão de visitantes entre 10 e 24 de dezembro, com um aumento de 7% em relação à primeira semana de dezembro. Rodrigo Lovatti, superintendente do Shopping Leblon, destacou a expectativa de receber mais de 30 mil pessoas na véspera, evidenciando o aquecimento do comércio.

Entretanto, a cautela dos consumidores não deve ser ignorada. Dados da Serasa revelam que mais de 80 milhões de brasileiros estão inadimplentes, e a taxa Selic, atualmente em 15%, gera insegurança. Fábio Bentes, economista-chefe da CNC, explica que a alta taxa de juros impacta o comportamento de compra, levando a um aumento no consumo de alimentos e vestuário, especialmente os itens mais acessíveis.

A pesquisa realizada pelo IFec RJ indica que 62,1% dos entrevistados pretendem presentear alguém neste Natal, uma leve alta em relação ao ano passado. No entanto, o gasto médio por consumidor caiu de R$ 312 para R$ 293, em parte devido às compras antecipadas da Black Friday, que aqueceram as vendas.

Os comerciantes estão se adaptando a essa nova realidade. Verônica Baptista, gerente da Empório Gourmet, observou uma redução no ticket médio, mas um aumento no volume de vendas. “Tivemos que reforçar o número de cestas e até ampliar a equipe”, afirmou, enfatizando a importância de promoções para atrair consumidores.

Diante de um cenário misto de otimismo e cautela, o comércio se prepara para um Natal marcante. As experiências de Celma e Joice refletem a determinação dos brasileiros em manter a tradição das festas, mesmo em tempos desafiadores. A expectativa é que as vendas continuem a crescer, trazendo um sopro de esperança para o setor.

Com informações do InfoMoney

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