Banco Central do México Reduz Taxa de Juros em Meio a Pressões Inflacionárias
Na última quinta-feira, o Banco Central do México, conhecido como Banxico, anunciou uma redução de 0,25 ponto percentual em sua taxa básica de juros, agora fixada em 7%. Este movimento faz parte de uma série de cortes destinados a estimular o crescimento econômico do país, mesmo diante de crescentes preocupações com a inflação persistente.
A decisão foi amplamente antecipada, com todos os 27 economistas consultados pela Bloomberg prevendo essa queda. No entanto, a votação foi dividida, com um membro da diretoria do Banxico optando por manter a taxa. Este é o 12º corte consecutivo na taxa de juros, uma estratégia que o banco adotou desde março do ano passado, quando a taxa estava em 11,25%.
Apesar dos esforços do Banxico para estimular a economia, a inflação anual no México subiu para 3,8% em novembro, superando a estimativa de 3,7% prevista pelos analistas. A inflação central, que exclui itens voláteis como alimentos e combustíveis, também apresentou alta, alcançando 4,43% no mesmo período. O Banxico possui uma meta de inflação de 3%, com uma margem de um ponto percentual para mais ou para menos, e essa meta tem se mostrado cada vez mais desafiadora.
Economistas do Banco Base, liderados por Gabriela Siller, recomendaram a manutenção da taxa, destacando a alta gradual dos preços. Em uma nota a clientes, Siller afirmou: “Sem sinais claros de desaceleração da inflação e com riscos de alta, não é apropriado permanecer na faixa da taxa neutra”. A crítica à eficácia das políticas do Banxico foi reforçada por Heath, que alertou para uma crise de credibilidade da instituição devido à sua incapacidade de controlar a inflação, considerando irrealista a expectativa de que a inflação atinja a meta de 3% até o terceiro trimestre do próximo ano.
Além das preocupações com a inflação, o Banxico enfrenta um cenário econômico desafiador, com o Produto Interno Bruto (PIB) do México encolhendo 0,2% entre julho e setembro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Após uma estagnação no segundo trimestre, o Banco reduziu pela metade sua estimativa de crescimento do PIB para este ano, projetando apenas 0,3% de crescimento, embora espere uma recuperação para 1,1% no próximo ano.
Victoria Rodriguez Ceja, a chefe do Banxico, afirmou que a autoridade monetária não prevê uma contração no quarto trimestre, após a leve retração do trimestre anterior. No entanto, analistas da pesquisa do Citi elevaram suas previsões de inflação para o final de 2025, indicando um cenário econômico que continua a ser uma fonte de preocupação para os formuladores de políticas.
Com um cenário de incertezas econômicas e pressões inflacionárias, a próxima reunião do Banxico será crucial. As expectativas sobre como a instituição lidará com esses desafios são altas e a eficácia de suas políticas monetárias será observada de perto pelos analistas e cidadãos mexicanos.
Com informações do InfoMoney
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