Prefeitura de SP alerta Uber e 99 sobre tarifas abusivas em corridas

Por Redação
3 Min

Aumento Abrupto nas Tarifas de Aplicativos em São Paulo: Procon Notifica Uber e 99

A cidade de São Paulo está enfrentando um aumento significativo nas tarifas das corridas de aplicativos, levando o Procon Paulistano a notificar as empresas Uber e 99 para que expliquem as razões por trás dessa disparada de preços. Relatos de usuários indicam que os valores das corridas quase triplicaram em comparação a meses anteriores. Por exemplo, uma corrida dos Jardins à Mooca, que custava R$ 35 em novembro, saltou para R$ 95 em dezembro, conforme verificado pelo portal G1.

A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) manifestou preocupação com as tarifas desproporcionais, considerando que tais aumentos podem caracterizar práticas abusivas. "A imposição de preços desproporcionais, sem justificativa técnica ou econômica clara, pode caracterizar prática abusiva", afirmou a gestão municipal. O Procon Paulistano, vinculado à Secretaria Municipal de Justiça, reforça que essa conduta fere princípios de transparência e modicidade tarifária previstos no Código de Defesa do Consumidor.

As empresas têm um prazo de 10 dias para apresentar suas respostas. O Procon busca esclarecimentos sobre a justificativa técnica e econômica para a precificação dinâmica, medidas para prevenir preços abusivos em períodos de alta demanda, a existência de um teto tarifário, e como essas informações são comunicadas aos consumidores. Caso não haja uma resposta satisfatória, o Procon poderá aplicar multas e até suspender temporariamente as atividades das empresas.

Em resposta à notificação, tanto Uber quanto 99 alegam que os aumentos nas tarifas estão atrelados à elevada demanda. A Uber explica que, quando a procura supera a oferta de motoristas na área, ativa o sistema de precificação dinâmica para incentivar mais parceiros a se juntarem às ruas. “O preço sempre é informado no momento da solicitação da viagem e volta ao normal quando a oferta aumenta”, afirmam. A 99, por sua vez, detalha que os valores consideram distância, tempo e a relação entre oferta e demanda, afetados por fatores como trânsito e condições climáticas.

Esse cenário levanta questões sobre a transparência e a ética na prestação de serviços de transporte por aplicativo, especialmente em uma metrópole como São Paulo, onde a mobilidade urbana é um desafio constante. Com a popularização dos aplicativos, a expectativa é de que as empresas não apenas busquem maximizar lucros, mas também mantenham uma relação justa e transparente com seus usuários. O desfecho dessa situação pode ter implicações significativas para o futuro das tarifas dos aplicativos na capital paulista.

Com informações do InfoMoney

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