CEO do Bradesco revela otimismo crescente para 2026 e futuro financeiro

Por Redação
3 Min

Bradesco: Otimismo em 2026 e Desafios Fiscais no Horizonte

Na última terça-feira (2), durante um evento em São Paulo, o presidente-executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, expressou um otimismo renovado em relação ao desempenho econômico do Brasil em 2026. O executivo destacou o controle do nível de desemprego, que atualmente gira em torno de 6%, e a expectativa de crescimento na massa salarial como fatores que contribuem para essa visão positiva.

Noronha projetou que a expansão do crédito no país pode chegar a 7% em 2026, superando a previsão anterior de aproximadamente 6%. Embora o Bradesco ainda não tenha divulgado suas diretrizes para 2026, a expectativa para 2025 é de uma expansão de 4% a 8% na carteira de crédito, o que sinaliza um panorama favorável para o setor.

Entretanto, Noronha também fez questão de ressaltar que 2026 será um ano eleitoral, o que traz incertezas e desafios, especialmente em relação à política fiscal. "Não dá para você ter uma (relação) dívida/PIB crescente", afirmou, enfatizando a necessidade de um equilíbrio fiscal para garantir a saúde econômica do país.

Outro tema relevante abordado foi a liquidação do Banco Master, ocorrida no mês passado. Apesar das insistentes perguntas dos jornalistas, Noronha evitou entrar em detalhes sobre o impacto desse evento no Fundo Garantidor de Crédito (FGC), do qual o Bradesco é um dos principais contribuintes. "É algo que vamos ter que ver quando houver alguma formalização", declarou, mostrando cautela em discutir os potenciais desdobramentos.

O Banco Master, que experimentou um crescimento acelerado com uma estratégia de financiamento agressiva, enfrentou problemas que levaram à sua liquidação. O FGC, por sua vez, já estimou em R$ 41 bilhões o valor das garantias a serem pagas aos credores do banco, o que representa um desafio significativo para o fundo, especialmente considerando que a maioria dos investidores é composta por pessoas com menos de R$ 250 mil.

Daniel Lima, diretor executivo do FGC, informou que o prazo médio para o início dos pagamentos aos credores é de 30 dias, o que traz um alívio para muitos investidores que podem estar ansiosos em relação a seus investimentos.

Enquanto o Bradesco se prepara para um futuro que promete ser desafiador, a expectativa de crescimento e a análise cautelosa do cenário econômico refletem a necessidade de um equilíbrio entre otimismo e prudência. A trajetória do setor financeiro e as decisões políticas nos próximos anos serão cruciais para determinar se o otimismo de Noronha se concretizará.

Com informações do InfoMoney

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