BNDES destina R$ 250 mi para recuperar 19 mil hectares de florestas

Por Redação
3 Min

BNDES Aprova Financiamento de R$ 250 Milhões para Restauração Ecológica na Amazônia e Mata Atlântica

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, nesta quarta-feira (12), na COP30 em Belém, a aprovação de um novo financiamento de R$ 250 milhões destinado a projetos de restauração ecológica e silvicultura de espécies nativas. Os recursos provêm do Fundo Clima, um mecanismo vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e executado pelo banco público, que visa promover a sustentabilidade e a proteção ambiental.

O projeto tem como objetivo recuperar até 19 mil hectares de áreas degradadas em seis estados brasileiros: Maranhão, Pará e Tocantins, na Amazônia; e Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, na Mata Atlântica. A iniciativa será desenvolvida pela re.green, uma organização reconhecida por seu compromisso com a restauração ambiental e vencedora do prêmio Earthshot 2025, idealizado pelo príncipe William do Reino Unido.

Segundo o BNDES, este financiamento cobre 35,4% do investimento total do projeto, que é uma parte fundamental do esforço do governo federal para transformar o "Arco do Desmatamento" em um "Arco da Restauração". Esta estratégia visa recuperar 6 milhões de hectares de florestas até 2030, com um investimento estimado em US$ 10 bilhões, e promete evitar a emissão de 1,27 milhão de toneladas de CO₂ equivalente por ano a partir de 2030.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enfatizou a importância da restauração florestal como uma das formas mais eficazes de combater mudanças climáticas, ressaltando a geração de emprego e renda para as comunidades locais. "Como diz o presidente Lula, é preciso garantir o sustento econômico das populações locais para que elas possam proteger as florestas", afirmou Mercadante.

A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou que as operações do Fundo Clima "vêm consolidando uma nova economia de restauração e bioeconomia no país". O projeto vai gerar 2.850 empregos temporários durante a implementação e 390 postos permanentes após sua conclusão, prevista para 2028, com a Fazenda Ipê em Paragominas (PA) sendo a área-âncora do projeto.

Este novo financiamento se junta a um aporte anterior de R$ 187 milhões, aprovado em janeiro de 2024, totalizando R$ 437 milhões em crédito do Fundo Clima para a restauração de 34 mil hectares de florestas tropicais. Desde sua reformulação em 2023, o Fundo Clima tem direcionado integralmente os recursos dos royalties do petróleo para projetos de florestas nativas e recursos hídricos, com juros que podem chegar a até 4,5% ao ano.

Com iniciativas como essa, o Brasil se posiciona na vanguarda da luta contra as mudanças climáticas, apostando na restauração ecológica como um pilar fundamental para um futuro sustentável e digno para as próximas gerações.

Com informações do InfoMoney

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