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Novo crédito imobiliário da poupança promete liberar R$ 20 bi na economia

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Governo Lula Anuncia Novo Modelo de Crédito Imobiliário que Pode Injetar R$ 20 Bilhões na Economia

Nesta sexta-feira, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva revelará um novo modelo de crédito imobiliário que promete revolucionar o setor, utilizando recursos da caderneta de poupança. A medida, que já terá implementação imediata, é esperada para injetar pelo menos R$ 20 bilhões na economia, com potencial de alcançar até R$ 37,5 bilhões, dependendo da adesão das instituições financeiras.

Desenvolvido em conjunto pelo Banco Central, o Ministério das Cidades, o Ministério da Fazenda e a Caixa Econômica Federal, o novo modelo busca alterar a forma como os recursos da poupança são direcionados para o crédito habitacional. A proposta é que, a cada real emprestado para financiamento habitacional, o banco possa acessar uma quantia equivalente da poupança para uso livre por um período de cinco anos. Após esse prazo, os bancos precisarão conceder novos créditos para manter essa permissão.

Essa estratégia visa fomentar a oferta de financiamentos com juros mais baixos, uma vez que os ganhos obtidos em operações mais rentáveis poderão ser utilizados para reduzir as taxas de juros do crédito imobiliário. Atualmente, 65% dos recursos da caderneta são destinados ao crédito imobiliário, enquanto 20% são retidos pelo Banco Central e 15% podem ser utilizados livremente pelos bancos.

Durante o período de testes que se estenderá até o fim de 2026, os bancos poderão utilizar 5 pontos percentuais do compulsório na nova sistemática, reduzindo o recolhimento para 15%. Essa mudança representa um passo significativo, pois as simulações indicam que a exigência de aplicação dos bancos em crédito imobiliário poderia aumentar de R$ 90 bilhões para R$ 200 bilhões em apenas dois anos.

Entretanto, essa estratégia pode colidir com os esforços do Banco Central para controlar a inflação, que atualmente é uma preocupação do governo. A taxa Selic, fixada em 15% ao ano, já foi alvo de críticas de ministros da atual administração. A iniciativa, embora promissora, levanta questões sobre o equilíbrio entre estimular a economia e controlar a inflação.

Além disso, destaca-se que 80% dos recursos liberados devem ser utilizados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que financia imóveis de até R$ 1,5 milhão com juros limitados a 12% mais a Taxa Referencial (TR). O restante poderá ser usado no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que não possui limitações de taxas.

A expectativa é que a aprovação das novas regras pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) ocorra em uma reunião extraordinária programada para esta semana. Com a implementação imediata, o governo busca não apenas estimular o setor imobiliário, mas também proporcionar um alívio significativo para a economia em um momento de incertezas.

Com essa proposta, o governo de Lula se posiciona em uma nova direção, apostando que a injeção de recursos possa, ao mesmo tempo, revitalizar o mercado imobiliário e oferecer condições mais acessíveis para a população. Resta observar como o mercado reagirá a essas mudanças e qual será o impacto real na economia brasileira.

Com informações do InfoMoney

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