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Haddad propõe delegacia da Receita para enfrentamento da lavagem de dinheiro

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Ministério da Fazenda Planeja Delegacia para Combater Lavagem de Dinheiro

BRASÍLIA (Reuters) – Em uma iniciativa que promete intensificar o combate à lavagem de dinheiro no Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou neste quinta-feira a avaliação da criação de uma delegacia específica dentro da Receita Federal. A medida surge após uma série de operações que revelaram o uso de estabelecimentos comerciais legítimos por organizações criminosas para ocultar atividades ilícitas.

Durante uma coletiva de imprensa, Haddad detalhou que a nova delegacia terá uma equipe dedicada a aprofundar investigações relacionadas a crimes financeiros. “Temos uma decisão de transformar numa delegacia da Receita Federal, que vai ter, portanto, um pessoal dedicado ao aprofundamento de investigações nessa natureza”, afirmou o ministro. Ele acrescentou que a proposta já está sendo encaminhada ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI), que precisará autorizar a criação da unidade.

A medida é um reflexo das recentes operações que expuseram fraudes em combustíveis e a conexão entre facções criminosas e empresas financeiras. A operação “Spare”, deflagrada nesta quinta-feira, é uma sequência da investigação anterior, chamada “Carbono Oculto”, e tem como foco postos de combustíveis, empreendimentos imobiliários, motéis e lojas de franquias no estado de São Paulo.

A Receita Federal revelou que o grupo alvo da operação “Spare” movimentou mais de R$ 4,5 bilhões entre 2020 e 2024, mas recolheu apenas R$ 4,5 milhões em impostos federais. Essa discrepância alarmante destaca a necessidade de uma ação mais robusta por parte das autoridades para coibir a sonegação fiscal e a lavagem de dinheiro, que comprometem a economia e a justiça social no país.

Com a criação da nova delegacia, Haddad espera fortalecer as ferramentas de combate à corrupção e à criminalidade financeira, promovendo um ambiente mais seguro para os negócios legítimos. “Estamos em um momento crucial para avançar na luta contra essas práticas”, destacou o ministro.

À medida que as investigações avançam e novas operações são deflagradas, a população aguarda ansiosamente por resultados efetivos que possam restaurar a confiança nas instituições e garantir que a justiça prevaleça. A sociedade civil e o setor empresarial também desempenham um papel fundamental, pois a colaboração entre esses segmentos pode ser decisiva no enfrentamento ao crime organizado e na promoção de um Brasil mais justo e transparente.

Com informações do InfoMoney

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