Plantio de Milho na Safra 2025/26: Desafios e Oportunidades no Sul do Brasil
São Paulo (Reuters) – O cenário agrícola no Brasil está passando por uma transformação significativa com o início do plantio da primeira safra de milho 2025/26. De acordo com um levantamento da consultoria AgRural, até a última quinta-feira, o plantio havia alcançado 3,2% da área estimada para o centro-sul do país. Esse número representa um aumento em relação aos 1,6% registrados na semana anterior, embora ainda fique aquém dos 4,2% do mesmo período do ano passado.
As condições climáticas têm sido favoráveis, com chuvas regulares e temperaturas elevadas nos três Estados do Sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Esses fatores são essenciais para o desenvolvimento saudável das plantas, e a expectativa é que a semeadura continue avançando à medida que os produtores intensificam os trabalhos. A AgRural destacou que, embora as atividades esteja concentradas no Rio Grande do Sul, as máquinas já estão operando em áreas de Santa Catarina e Paraná, o que é um sinal positivo para a produtividade da safra.
A colheita da segunda safra de 2024/25, conhecida como “safrinha”, está praticamente finalizada, com 98% da área já colhida no centro-sul. Esse número é significativo, especialmente quando se considera que, no ano anterior, a colheita já estava encerrada nessa época. Essa diferença reflete não apenas a dinâmica das safras, mas também as variações climáticas e de manejo.
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Outro ponto a ser considerado é o impacto das condições meteorológicas na decisão dos produtores. Enquanto as chuvas têm beneficiado o plantio, a previsão de eventos climáticos extremos pode gerar incertezas. O histórico de secas ou geadas em períodos críticos pode levar a uma cautela maior por parte dos agricultores, influenciando sua capacidade de investimento e planejamento.
Além disso, o mercado global de milho continua a ser um fator crucial. A demanda por milho brasileiro é forte, especialmente com a crescente necessidade de ração animal e biocombustíveis. Isso gera um cenário de oportunidades, mas também de desafios, já que o Brasil compete com outros grandes produtores, como os Estados Unidos e a Argentina.
Por fim, o acompanhamento das práticas de cultivo e a adoção de tecnologias inovadoras serão fundamentais para que os produtores do Sul do Brasil consigam não apenas atingir suas metas de produção, mas também se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo. A expectativa é que, ao longo das próximas semanas, os números de plantio continuem a subir, refletindo a resiliência e a adaptabilidade dos agricultores brasileiros.
Com informações do InfoMoney
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