banner

Subsídios da União alcançam R$ 678 bi em 2024, revela Ministério

3 Min

Subsídios da União: Um Olhar sobre os R$ 678 Bilhões de 2024

Na última terça-feira, 19, o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) divulgou dados impressionantes sobre os subsídios concedidos pela União em 2024, totalizando R$ 678 bilhões. Essa quantia representa 5,78% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto para o ano, uma leve diminuição em relação aos 6,10% do ano anterior.

Os números revelam que 83,1% dos subsídios foram de natureza tributária, seguidos por 9,6% de subsídios financeiros e 7,3% de benefícios creditícios. Segundo o MPO, esses recursos têm o potencial de reduzir os preços ao consumidor e facilitar a vida dos produtores, além de possibilitar a quitação de dívidas do Tesouro Nacional.

Um aspecto notável é a transformação nas modalidades de subsídios. Os benefícios creditícios e tributários apresentaram queda, enquanto os financeiros tiveram um aumento significativo. Os subsídios creditícios caíram para 0,42% do PIB, e os tributários para 4,80%. Em contrapartida, os benefícios financeiros subiram para 0,55% do PIB.

O relatório do MPO também destaca que, apesar da redução global nos subsídios, houve um crescimento em políticas públicas específicas. Um exemplo é o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), que viu seu orçamento saltar de R$ 0,7 bilhão em 2022 para R$ 12,9 bilhões em 2024. Outro aumento significativo mencionado é o do Fundo de Compensações das Variações Salariais (FCVS), que passou de R$ 14,7 bilhões em 2023 para R$ 33 bilhões em 2024.

Entre os subsídios tributários, o Simples Nacional recebeu 17,4% do total, enquanto a agricultura e a agroindústria somaram 11,4%. A isenção de rendimentos de pessoas físicas também se destacou, com uma soma de 14,2% dos subsídios tributários.

Uma novidade relevante foi a introdução do benefício tributário da Desoneração da Folha dos Municípios, que alcançou R$ 10,6 bilhões em 2024, um valor inexistente no ano anterior. Além disso, os subsídios relacionados ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF) cresceram 11,9%, resultando em uma expansão nominal de R$ 10,2 bilhões.

Por outro lado, os valores dos benefícios creditícios enfrentaram cortes significativos. O Fundo da Marinha Mercante (FMM) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) foram os mais afetados, com reduções de R$ 20,4 bilhões e R$ 10,7 bilhões, respectivamente.

Essas informações não apenas ilustram a complexidade da política fiscal brasileira, mas também levantam questões sobre a eficiência e a necessidade de tais subsídios. Com um cenário econômico em constante evolução, a gestão desses recursos se torna essencial para o desenvolvimento sustentável e a promoção do bem-estar social no país.

Em suma, 2024 se apresenta como um ano de desafios e oportunidades, onde a redistribuição e o gerenciamento dos subsídios podem determinar o futuro econômico do Brasil.

Com informações do InfoMoney

Compartilhe Isso