Aumento da Cesta Básica em São Paulo: Um Café Cada Vez Mais Amargo
Nos últimos 12 meses, a cesta básica do paulistano sofreu um aumento significativo de 6%, evidenciando a crescente pressão econômica sobre os lares da capital paulista. Esse aumento é impulsionado, principalmente, pelo grupo de alimentação, que registrou uma variação de 7,1% no mesmo período, superando a inflação oficial, medida pelo IPCA, que ficou em 5,35%.
Os dados, fornecidos pela Fundação Procon-SP em parceria com o Dieese, revelam que o café, um item essencial do cotidiano, foi o que mais pesou no bolso dos consumidores, com um impressionante aumento de 95,9% nos preços. Em seguida, as carnes também se destacam: a carne de segunda (sem osso) subiu 29,5%, enquanto a carne de primeira teve uma elevação de 28%.
Além do café, a cesta básica inclui outros itens que compõem o dia a dia dos paulistanos. No primeiro semestre de 2025, a inflação acumulada foi de 0,3%, com a alimentação apresentando um aumento de apenas 0,17%. Contudo, os produtos de limpeza registraram as maiores altas, com um crescimento de 6%.
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Uma análise mais detalhada mostra que, entre maio e junho, a cesta básica ficou 0,69% mais barata, com o preço médio passando de R$ 1.364,39 para R$ 1.355,04. Essa variação mensal traz um alívio temporário, mas não esconde o impacto dos aumentos anuais.
A situação não é apenas uma questão de preços. Fatores climáticos e os altos custos de produção têm contribuído para essa escalada. O café, por exemplo, continua a encarecer mesmo com a colheita da safra, com o pacote de 500g saltando de R$ 15,79 em junho de 2024 para R$ 30,94 em junho de 2025.
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) aponta que essa elevação nos preços resultou em uma queda de 15,9% no consumo do produto em abril, comparado ao mesmo mês do ano anterior. Em contrapartida, a carne, que teve seu preço elevado devido à redução na oferta, também viu um aumento no ritmo de exportação, pressionando ainda mais os preços internos.
Esses dados não apenas refletem a situação econômica de São Paulo, mas também iluminam a luta diária do paulistano para equilibrar suas finanças em um cenário de incertezas. A combinação de aumento de preços e diminuição do consumo gera um ciclo que afeta tanto a economia local quanto a qualidade de vida dos cidadãos.
Por fim, com a expectativa de que a situação possa melhorar, a população aguarda medidas efetivas que possam reverter essa tendência de alta e proporcionar um alívio ao bolso do consumidor. Enquanto isso, o café da manhã, que deveria ser um momento de prazer, se torna um lembrete constante das dificuldades econômicas enfrentadas.
Com informações do InfoMoney
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