U.S. Chamber of Commerce e Amcham Brasil pedem negociações para evitar tarifas sobre produtos brasileiros
Na terça-feira, 15 de agosto, a U.S. Chamber of Commerce e a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) emitiram um comunicado urgente à imprensa dos Estados Unidos, solicitando que os governos de Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva iniciem negociações de alto nível. O objetivo é evitar a implementação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor a partir de 1º de agosto.
A nota destaca a preocupação das instituições com o impacto negativo que essa medida pode ter sobre as relações econômicas entre os dois países. “A imposição dessa medida como resposta a questões políticas mais amplas tem o potencial de causar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos, além de estabelecer um precedente preocupante”, afirmam.
Os dados apresentados pelas entidades são alarmantes. A tarifa proposta afetaria não apenas os produtos essenciais às cadeias produtivas, mas também os consumidores americanos, elevando os custos para as famílias e diminuindo a competitividade de setores estratégicos da economia dos EUA. Mais de 6.500 pequenas empresas nos Estados Unidos dependem de produtos importados do Brasil, enquanto 3.900 empresas norte-americanas possuem investimentos significativos naquele país.
O Brasil ocupa uma posição de destaque como um dos dez principais mercados para exportações dos Estados Unidos, recebendo anualmente cerca de US$ 60 bilhões em bens e serviços. Essa relação comercial não é apenas vantajosa para os dois países, mas também essencial para a sustentabilidade econômica de milhões de cidadãos.
A Amcham Brasil e a U.S. Chamber enfatizam que uma relação comercial estável e produtiva não só beneficia os consumidores, como também sustenta empregos e promove prosperidade em ambas as nações. Elas reafirmam sua disposição para apoiar iniciativas que busquem uma solução negociada, pragmática e construtiva, evitando a escalada da situação atual e garantindo a continuidade de um comércio bilateral mutuamente vantajoso.
Diante desse cenário, a expectativa é que os governos de Trump e Lula reconheçam a importância do diálogo e da cooperação, priorizando o bem-estar econômico dos cidadãos de ambos os países. As próximas semanas serão cruciais para determinar o futuro dessa relação comercial e as implicações que as tarifas podem ter sobre as economias envolvidas.
Com informações do InfoMoney