Mudança no Slogan do Governo Lula: Um Novo Rumo em Tempos de Crise
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a lançar um novo slogan para marcar uma nova fase de seu terceiro mandato, com o objetivo de recuperar a popularidade que vem se deteriorando nos últimos meses. A mudança, segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, visa substituir o atual mote "União e Reconstrução" por uma mensagem que reflita um viés mais nacionalista e combativo. A proposta é enfatizar que o governo "tem lado" e que a prioridade será o enfrentamento a privilégios e desigualdades sociais.
A condução dessa estratégia está a cargo do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, que conta com a aprovação direta de Lula. A nova comunicação oficial deverá destacar que "combater privilégios significa abrir espaço para que mais gente prospere", promovendo uma visão que vai além da dicotomia "ricos versus pobres".
A comunicação do governo também passará a valorizar iniciativas já em andamento, como créditos para reforma de casas e apoio a microempreendedores, com um foco renovado na classe média. Os ministros foram orientados a ressaltar que o "principal adversário" do país é a desigualdade, numa tentativa de mobilizar a população em torno dessa causa.
O novo slogan não apenas misturará conceitos como trabalho, justiça social e defesa do Brasil, mas também surge em um contexto de crise, especialmente após o anúncio do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de taxar produtos brasileiros em 50%. Em resposta, Lula utilizou a frase "O Brasil é dos brasileiros", reforçando um tom patriótico que visa resgatar a conexão com a população.
As recentes tensões entre o governo e o Congresso, particularmente com o Centrão, também motivaram essa mudança. A derrubada de um decreto que aumentava o IOF por partidos aliados expôs a fragilidade das relações políticas da administração. Em meio a esse cenário, o PT lançou uma campanha intitulada "BBB: Bilionários, Bancos e Bets", acusando os mais ricos de não contribuírem adequadamente para a arrecadação.
Com a popularidade de Lula em queda, especialmente no Nordeste e entre os mais pobres, a nova estratégia de comunicação é vista como uma tentativa de reverter essa situação. Apesar de pesquisas indicarem uma leve recuperação, o ritmo é considerado lento. Sidônio, que assumiu a Secom com a missão de elevar a popularidade do governo em três meses, enfrenta dificuldades em alcançar esse objetivo.
Diante de 12 crises em seis meses, a comunicação do governo é um desafio constante, com boatos e atritos recorrentes. Embora Lula resista a dar mais entrevistas, Sidônio se mostra determinado em sua missão, buscando alternativas para melhorar a imagem do governo. O novo slogan, que deve entrar em vigor em breve, será um teste crucial para a eficácia dessa nova abordagem.
Com informações do InfoMoney
