banner

Selic em debate: 14,75% ou 15%? Divergências antes do Copom

3 Min

Expectativas Econômicas e Decisões do Copom: Um Olhar sobre o Futuro do Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá nos dias 17 e 18 de outubro para deliberar sobre a nova taxa de juros no Brasil, uma decisão que pode impactar significativamente a economia nacional. Segundo uma pesquisa realizada pela XP com gestores multimercados, a expectativa entre os analistas é dividida. Metade dos especialistas acredita que os juros serão elevados em 0,25 pontos percentuais, alcançando 15%, enquanto a outra metade defende a manutenção da taxa em 14,75%.

A pesquisa também revelou que, apesar da divergência em relação à próxima reunião, a média das projeções para a taxa de juros ao final deste ano é de 14,83%, levemente superior à previsão anterior de 14,77%. Esses números refletem um cenário de incertezas, particularmente em relação à inflação, que deve ficar em 5,35%, abaixo da expectativa do mercado, que é de 5,44%. Esse resultado sugere uma diminuição das pressões inflacionárias, especialmente devido a um fortalecimento do real.

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), os gestores ajustaram suas expectativas, prevendo um crescimento de 2,38% até o final do ano, um aumento em comparação com a projeção anterior de 2,11%. Essa revisão otimista indica uma confiança renovada na recuperação econômica do Brasil.

No que diz respeito ao mercado de juros, o levantamento da XP apontou que os gestores estão aumentando suas posições neutras, tanto em juros nominais quanto reais. Isso sugere uma possível conclusão do ciclo de alta de juros, um sinal de que os especialistas estão se preparando para um cenário mais estável no futuro próximo.

Outro ponto relevante é a mudança na percepção em relação ao dólar. A tese de um "dólar forte" perdeu força, com as posições compradas caindo de 70% em janeiro para apenas 5% em junho. Isso reflete uma estratégia de desdolarização, com 100% dos gestores que investem em euros adotando posições compradas, apontando para uma realocação de recursos em busca de maior segurança e estabilidade.

Por fim, a pesquisa revelou uma diminuição da visão negativa sobre a economia global. Em maio, 68% dos gestores tinham uma perspectiva pessimista, cifra que caiu para 41% agora. No cenário local, a visão negativa também reduziu de 35% para 22%. Estes dados são encorajadores e indicam uma crescente confiança no ambiente econômico, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com a reunião do Copom se aproximando, o mercado estará atento às decisões que podem moldar o futuro econômico do Brasil. As expectativas de juros, inflação e crescimento do PIB são elementos cruciais que os investidores e cidadãos devem monitorar atentamente, pois suas repercussões serão sentidas em diversos setores da economia.

Com informações do InfoMoney

Curtiu? Siga o Candeias Mix nas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram, e Google Notícias. Fique bem informado, faça parte do nosso grupo no WhatsApp e Telegram.
Compartilhe Isso