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Atividade econômica mostra resiliência, mas desacelera, apontam economistas

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Crescimento Econômico Brasileiro: Uma Análise da Resiliência em Tempo de Desafios

A atividade econômica brasileira apresenta um desempenho surpreendente em meio a um cenário de alta da taxa Selic, promovido pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Com um ciclo de elevações nas taxas de juros nas últimas seis reuniões, o Brasil registrou um crescimento contínuo, marcando o quarto avanço consecutivo em abril, conforme aponta o Índice de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br, que mostrou uma alta de 0,2%.

Economistas, como Luis Otávio Leal, sócio e economista chefe da G5 Partners, observam que, apesar da desaceleração do índice em relação aos meses anteriores, a resiliência da economia é um ponto positivo. As altas de 1,41% em janeiro e 0,6% em fevereiro, seguidas por um crescimento de 0,7% em março, mostram que a economia ainda está em um patamar relativamente aquecido. No entanto, Leal expressa incerteza sobre o futuro próximo, destacando a necessidade de observar como as forças contrárias — uma política monetária restritiva e um mercado de trabalho apertado — se equilibrarão.

A análise do economista Leonardo Costa, do ASA, complementa essa visão, ressaltando a queda na atividade agropecuária e na indústria, ao passo que o setor de serviços viu um crescimento de 0,4%. Este movimento de desaceleração, segundo Costa, é gradual e esperado, especialmente com os dados preliminares do segundo trimestre indicando um desempenho ambíguo.

Por outro lado, a avaliação do Goldman Sachs sugere que o crescimento superou as expectativas, impulsionado pela expansão moderada do setor de serviços. Alberto Ramos, diretor de pesquisa econômica da instituição, destaca que o crescimento anual de 2,46% em abril, além do consenso de 2,35%, reflete uma base sólida para o segundo trimestre e é beneficiada por transferências fiscais e programas de crédito.

A Genial Investimentos também aponta que o crescimento em 2025 será liderado pela agropecuária, que deve impactar positivamente os outros setores. Apesar de um cenário de desaceleração previsto para o segundo semestre, medidas de estímulo à demanda e pagamentos de precatórios podem manter a economia aquecida.

Por fim, a XP acrescenta que a dinâmica do consumo tem se mostrado mais robusta do que se imaginava, prevendo um crescimento do PIB em 2025 de 2,5%. Assim, mesmo diante de um contexto desafiador, a economia brasileira demonstra uma capacidade de adaptação e resistência, fatores que merecem atenção e análise contínua.

Com um cenário global incerto e incertezas internas, o olhar atento sobre os próximos meses será fundamental para compreender a trajetória econômica do Brasil nos próximos anos.

Com informações do InfoMoney

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