banner

Empresários pedem reformas e cortes após aumento do IOF

3 Min

A Crise do IOF e as Demandas por Reformas Estruturais no Brasil

Na última semana, o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pelo governo brasileiro provocou uma onda de reações no setor empresarial. Apesar de a medida ter sido parcialmente revogada, figuras proeminentes do mundo dos negócios, como Rubens Menin, proprietário da construtora MRV, e Walter Schalka, do conselho da Suzano, têm se manifestado em defesa de reformas estruturais urgentes para enfrentar a crise fiscal do país.

Rubens Menin utilizou sua plataforma no X (antigo Twitter) para chamar a atenção para a necessidade de simplificação tributária e modernização do Estado. “A crise do IOF escancarou algo maior: não dá mais para postergar as reformas estruturais que o país precisa”, afirmou Menin, enfatizando a urgência de uma reforma administrativa séria. Para ele, é fundamental desvincular receitas e enfrentar as questões estruturais que afligem a economia.

Por outro lado, Walter Schalka também expressou sua preocupação. Em declarações ao jornal O Estado de São Paulo, ele ressaltou a importância de rever as razões por trás do crescimento contínuo das despesas governamentais. “Enquanto não tivermos uma reforma importante que reduza o custo do Estado, sempre ficaremos administrando uma situação emergencial”, disse Schalka, enfatizando que a privatização e a reforma administrativa são caminhos necessários para a recuperação do país.

As manifestações de descontentamento não se restringem a indivíduos, mas também refletem a insatisfação de entidades representativas do setor produtivo. Um manifesto assinado por confederações como CNC, CNI e CNA pede a anulação do decreto que elevou as alíquotas do IOF, apontando os efeitos nocivos da medida sobre o crédito, o câmbio e a poupança de longo prazo.

Rodrigo Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), está articulando esforços para reunir líderes do setor produtivo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o deputado Hugo Motta. O objetivo da reunião é detalhar os danos da medida ao setor privado e buscar apoio político para a revogação do aumento.

Além disso, Rafael Furlanetti, sócio da XP Investimentos, também se manifestou, destacando que a discussão sobre a revisão de gastos governamentais, especialmente em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), é necessária. Furlanetti propõe uma reflexão sobre a desvinculação de gastos à receita do governo, como os pisos da saúde e da educação.

A crise do IOF não é apenas uma questão tributária; é um reflexo das fragilidades estruturais do Brasil. As vozes do empresariado clamam por soluções que vão além da simples revogação de aumentos de impostos, pedindo uma reavaliação do modelo econômico e fiscal do país. A pressão por reformas é clara: é hora de enfrentar os desafios de frente e construir um futuro mais sustentável e próspero para todos os brasileiros.

Com informações do InfoMoney

Compartilhe Isso