Lula declara que economia está pronta para jornada de trabalho 6 por 1

Por Redação
4 Min

Lula Propõe Diálogo com Sindicatos para Redução da Jornada de Trabalho

Na última quinta-feira, 18 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma declaração significativa durante uma entrevista coletiva, afirmando que a economia brasileira e o país estão prontos para discutir a redução da jornada de trabalho. A proposta inclui o fim da controversa escala 6 por 1, um sistema que tem sido alvo de críticas por sua carga excessiva sobre os trabalhadores.

Lula enfatizou que não pretende apresentar um projeto de lei elaborado pelo governo, mas sim ouvir sugestões do movimento sindical. "Eu preciso ser provocado", disse, destacando a importância da participação ativa dos sindicatos na formulação de políticas que impactem diretamente a vida dos trabalhadores.

Durante sua fala, o presidente recordou sua trajetória como dirigente sindical e ressaltou que a luta pela redução da jornada de trabalho é uma questão central que ele sempre defendeu. "Eu fui um dos dirigentes sindicais que encabeçou durante muito tempo a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas", afirmou Lula. Ele argumentou que os avanços tecnológicos nos últimos anos permitiram que as empresas aumentassem a produção com menos trabalhadores, tornando viável a redução da carga horária.

A ideia de reduzir a jornada de trabalho visa não apenas melhorar as condições de vida dos trabalhadores, mas também permitir que eles tenham mais tempo para cuidar da família e se dedicarem ao estudo. "Por que não reduz a jornada de trabalho? Para o trabalhador ficar mais tempo em casa, cuidar melhor da família, estudar um pouco mais", questionou Lula, propondo uma reflexão sobre a qualidade de vida no trabalho.

Além disso, o governo já iniciou uma trajetória de redução da jornada para trabalhadores terceirizados a serviço da União, com algumas categorias sendo incluídas nesse processo desde o final de 2023. Uma das últimas conquistas foi na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que anunciou recentemente a redução de jornada.

O presidente reafirmou que a construção de uma proposta deve vir dos trabalhadores. "Eu não quero tomar a iniciativa do Poder Executivo e mandar um projeto de lei do Governo. Eu preciso ser provocado", disse Lula, incentivando os dirigentes sindicais a levarem suas demandas para discussão.

Este movimento pode representar uma mudança significativa na legislação trabalhista brasileira e abre espaço para um diálogo mais profundo sobre as condições de trabalho no país. Com a economia mostrando sinais de recuperação, a proposta de Lula parece alinhar-se com a busca por um modelo de desenvolvimento que priorize o bem-estar dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que busca aumentar a produtividade e a eficiência nas empresas.

O presidente concluiu afirmando que, ao receber uma proposta concreta, ele estaria disposto a levá-la ao Congresso Nacional, sinalizando uma abertura para o diálogo e a colaboração entre governo e sociedade civil. Essa postura pode ser um indicativo de um novo tempo na política brasileira, onde a participação popular e a voz dos trabalhadores são valorizadas no processo decisório.

Com informações da Agência Gov

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