Nanopartículas antibacterianas reduzem tempo de tratamento da tuberculose.

Por Redação
2 Min

Nanopartículas carregadas de antibióticos e outros compostos antimicrobianos estão sendo desenvolvidas por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) com o objetivo de combater a bactéria causadora da tuberculose. Esta inovação tecnológica de baixo custo, descrita na revista científica Carbohydrate Polymers, tem o potencial de driblar a resistência bacteriana e ampliar as opções de tratamento disponíveis.

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O Brasil, país com o maior número de casos de tuberculose nas Américas, enfrenta um aumento na incidência da doença e na resistência das cepas aos medicamentos tradicionais. Diante des desafios apresentados por Mycobacterium tuberculosis, a nanotecnologia surge como uma alternativa promissora na luta contra essa enfermidade.

O estudo realizado pela Unesp, com financiamento da FAPESP, analisou a eficácia de nanopartículas de N-acetilcisteína-quitosana funcionalizadas com peptídeos antimicrobianos e carregadas com rifampicina, um antibiótico amplamente utilizado no tratamento da tuberculose. Os resultados obtidos demonstraram uma potente ação inibitória da bactéria, revertendo sua resistência ao medicamento sem causar danos às células hospedeiras.

O uso de peptídeos antimicrobianos mostrou-se eficaz na revitalização da rifampicina, potencializando sua atividade no combate à tuberculose. Os pesquisadores envolvidos no estudo vislumbram a redução do tempo de tratamento convencional, tornando o medicamento mais eficaz e acessível para os pacientes.

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O próximo passo da pesquisa envolverá testes em animais para validar os resultados obtidos em laboratório e explorar o potencial das nanopartículas em outras doenças crônicas que demandam tratamentos prolongados. O estudo completo pode ser encontrado na ScienceDirect.

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