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Jejum intermitente e seu impacto cerebral

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4 formas como o jejum atua no corpo e como pode afetar o cérebro

Muitas pessoas optam pelo jejum intermitente para perder peso ou manter a saúde. Além disso, a técnica pode ser utilizada para prevenir doenças, melhorar a saúde metabólica e até a saúde mental. Mas como será que o jejum afeta o nosso cérebro? Os gregos acreditavam que poderia melhorar o raciocínio. Confira o que a ciência atual diz sobre isso.

1. Queima de gordura

O jejum intermitente ativa a cetose, um processo metabólico no qual o corpo queima gordura como principal fonte de energia após um período sem se alimentar, geralmente de 12 a 16 horas. Quando os estoques de glicogênio no fígado se esgotam, as cetonas se tornam a principal fonte de energia para o cérebro.

Estudos demonstraram que aumentar as cetonas através de suplementação ou dieta pode melhorar a cognição em adultos com declínio cognitivo leve e em pessoas em risco de doença de Alzheimer. No entanto, a cetose pode causar sintomas como fome, fadiga, náusea e mau humor, devido à produção mais lenta de energia e a possibilidade de redução dos níveis de açúcar no sangue.

2. Alterações de genes teciduais

Pesquisas mostraram que uma alimentação em horários irregulares prejudica o funcionamento dos órgãos e aumenta o risco de doenças crônicas. Por outro lado, a restrição alimentar em intervalos regulares e maiores pode ter resultados positivos, causando alterações nos genes dos tecidos e auxiliando o corpo a descansar e realizar suas funções diárias.

Um estudo realizado em 2021 com italianos mostrou que aqueles que jejuavam por dez horas por dia tinham menos probabilidade de desenvolver problemas cognitivos em comparação com aqueles que não jejuavam.

3. Produção de energia cerebral

As mitocôndrias desempenham um papel fundamental na geração de energia para o corpo e a mente. Doenças relacionadas ao envelhecimento geralmente estão ligadas a essas organelas. O jejum intermitente em dias alternados pode melhorar o funcionamento das mitocôndrias e, consequentemente, proteger o cérebro, de acordo com estudos realizados com ratos. No entanto, há discordância na comunidade científica sobre esse tema.

4. Relação do cérebro e intestino

O intestino e o cérebro possuem uma conexão que permite a comunicação entre eles. Mudanças no cérebro podem afetar o intestino e vice-versa. Estudos em ratos sugerem que o jejum intermitente pode aumentar o número de neurônios no hipocampo, melhorando a saúde cerebral. Ademais, em adultos mais velhos, menos refeições diárias podem reduzir o risco de Alzheimer, promovendo a saúde vascular. No entanto, os resultados sobre os efeitos da restrição calórica na cognição são inconclusivos.

Então, o jejum faz bem ou não para o cérebro?

Embora muitos estudos com ratos indiquem benefícios do jejum para o cérebro, há poucas evidências em seres humanos. Por outro lado, é comprovado que a rápida perda de peso pode trazer sérias consequências para o corpo. Portanto, se deseja praticar o jejum por algum motivo, é aconselhável buscar orientação de um nutricionista e acompanhamento médico.

Com informações do Science Alert.

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