FAPESP Apoia 190 Projetos Focados em Políticas Públicas, Revela Presidente da Fundação na Alesp

Por Redação
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O presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, destacou, em reunião da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 26 de novembro, um investimento significativo de R$ 571 milhões em 83 projetos de pesquisa dos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs), selecionados por meio de quatro editais. Um quinto edital, atualmente em fase de submissão de propostas, prevê um investimento adicional de R$ 200 milhões.

“Viemos aqui com o compromisso de explicar como a população de São Paulo se beneficia das pesquisas realizadas no Estado. Os CCDs são um exemplo de aplicação direta da ciência”, afirmou Zago.

Os CCDs contam com mais de 3 mil pesquisadores de universidades, instituições de pesquisa, 13 secretarias de governo, 22 prefeituras, além de empresas e ONGs, que colaboram em projetos voltados para soluções de problemas sociais e econômicos em São Paulo. O modelo de parceria implica que, para cada R$ 1 investido pela FAPESP, há uma contrapartida igual dos parceiros envolvidos. “Os centros atuam em todas as áreas da economia e do conhecimento”, enfatizou Zago.

A FAPESP também apoia 190 projetos com foco em políticas públicas, abordando temas variados como educação básica, melhoria do pescado, violência, direitos humanos, cidades sustentáveis e gestão de resíduos pós-consumo. Além disso, investe em áreas inovadoras como inteligência artificial, saúde, gestão urbana e ciência de dados.

Zago mencionou ainda os Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs), destacando que “nenhuma agência de financiamento à pesquisa brasileira consegue investir em projetos de cinco a dez anos como a FAPESP, que mantém essa continuidade por meio de sua estabilidade financeira”. Exemplos incluem o Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCARBON), que busca inovações para a agricultura com foco em sustentabilidade, e o Centro de Estudos da Favela (CEFAVELA), que apoia políticas públicas por meio de análises acadêmicas.

Outras iniciativas da FAPESP incluem o Programa PROEDUCA, em parceria com a Secretaria de Educação, focado na melhoria do aprendizado e redução das desigualdades na educação básica. Os Centros de Pesquisa Aplicada (CPAs) também são relevantes, colaborando com empresas para resolver grandes desafios, como o desenvolvimento de aeronaves com baixo carbono em parceria com a Embraer.

Desde sua criação em 1997, o programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) aprovou 4.184 projetos, destacando startups inovadoras, como a Ocellott, que trabalha com baterias para carros voadores e a Ziel, que desenvolve exames caseiros para detectar câncer.

Com a concentração de empregos de alta tecnologia, 55% das startups e mais de 25% dos doutores em inteligência artificial do Brasil, São Paulo se destaca em inovação e pesquisa. A cidade integra o seleto grupo das 200 cidades do mundo que mais produzem ciência, conforme o ranking da revista Nature Index.

Para apoiar essa dinâmica, a FAPESP destinou R$ 1,767 bilhão para mais de 27 mil projetos de pesquisa desde 2024, recuperando a taxa de investimento que havia caído durante a pandemia de COVID-19. Ao longo de seus 63 anos, a Fundação já investiu R$ 60 bilhões em auxílios e bolsas de pesquisa.

Participaram da reunião o presidente da comissão, Mauro Bragato (PSDB), e os deputados Rogério Santos (MDB) e Paulo Fiorilo (PT).

Informações da Agência FAPESP

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