Butantan-DV: Vacina Tetravalente Contra a Dengue Aprovada pela Anvisa
A vacina tetravalente Butantan-DV, desenvolvida pelo Instituto Butantan, recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 26 de novembro. Este imunizante, que se destaca como o primeiro contra a dengue em dose única no mundo, será destinado à população brasileira com idades entre 12 e 59 anos. A inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunizações (PNI) está prevista, e o Ministério da Saúde definirá o início da vacinação e a faixa etária específica para aplicação.
Desenvolvimento da Vacina
A Butantan-DV começou a ser desenvolvida em 2010 com o apoio da FAPESP, seguindo uma formulação criada por pesquisadores do National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos. O NIH conduziu a fase 1 dos ensaios clínicos, enquanto as fases 2 e 3 foram realizadas no Brasil. Os resultados demonstraram a segurança da vacina para indivíduos entre 2 e 59 anos, independentemente do histórico de infecção prévia. Em um estudo com mais de 16 mil voluntários, a vacina apresentou:
- 74,7% de eficácia geral
- 91,6% de eficácia contra dengue grave e com sinais de alarme
- 100% de eficácia contra hospitalizações por dengue
Produção e Parcerias
Antes mesmo da aprovação, o Instituto Butantan começou a produção da vacina em seu parque industrial, já disponibilizando mais de um milhão de doses para o PNI. Além disso, a instituição firmou uma parceria com a empresa chinesa WuXi para aumentar a capacidade de produção, com a meta de disponibilizar cerca de 30 milhões de doses no segundo semestre de 2026.
Cenário da Dengue no Brasil
Em 2024, o Brasil reportou 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, um aumento significativo em relação ao ano anterior. Até meados de novembro de 2025, já foram notificados 1,6 milhão de casos. Desde o início dos anos 2000, mais de 20 milhões de brasileiros foram afetados pela doença.
Conclusão
A aprovação da vacina Butantan-DV representa um avanço significativo no combate à dengue no Brasil. Com uma alta eficácia e uma estratégia de produção robusta, espera-se que a vacinação ajude a reduzir a incidência da doença, beneficiando milhões de brasileiros.
Informações da Agência FAPESP
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