Na Zona Azul, pavilhão principal do Parque da Cidade, operários trabalham intensamente para concluir as obras antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que se inicia na próxima segunda-feira (10/11).
Este local, com acesso restrito sob credenciamento especial da ONU, abrigará mais de cem pavilhões dos países-membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC). O espaço incluirá salas de reuniões, áreas para a imprensa e escritórios de delegações, onde países e organizações apresentarão projetos focados em mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Na abertura da Cúpula dos Líderes, realizada em 06/11, a estrutura ainda apresentava tapumes em diversas áreas, enquanto cadeiras e mesas estavam espalhadas pelos corredores. O evento contará com a presença de líderes mundiais para discutir os principais desafios enfrentados na luta contra as mudanças climáticas.
Cúpula dos Líderes: um momento crítico para o clima
Até amanhã (07/11), chefes de Estado e governantes estarão reunidos para discutir compromissos em relação à mudança do clima. A cúpula ocorre pela primeira vez separadamente da COP30, servindo como uma ponte para as discussões que se seguirão na conferência climática.
Durante a cúpula, várias autoridades, incluindo o príncipe William do Reino Unido e o presidente francês Emmanuel Macron, farão discursos sobre questões climáticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também presidirá sessões temáticas.
Lula enfatizou a importância de levar a sério os alertas científicos sobre os impactos das mudanças climáticas. Em seu discurso, ele destacou que o ano de 2024 marca um aumento da temperatura média da Terra, ultrapassando 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais, e ressaltou a necessidade de continuar a cumprir os objetivos do Acordo de Paris.
Além de falar sobre a consciência global em relação às mudanças climáticas, o presidente mencionou que a COP30 representa um retorno do diálogo climático ao Brasil, referindo-se à Eco-92, a cúpula que estabeleceu a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Desafios e compromissos climáticos
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também abordou os desafios na abertura da cúpula, alertando que garantir que o aquecimento global permaneça abaixo de 1,5 °C é incerto. Guterres frisou a urgência de uma mudança de paradigma para minimizar o impacto das mudanças climáticas, afirmando que o aquecimento acima desse limite pode resultar em consequências drásticas, como a perda de biodiversidade e o deslocamento de milhões de pessoas.
Ele afirmou que o aquecimento de 1,5 °C é uma linha vermelha que não deve ser ultrapassada, enfatizando que as Nações Unidas continuarão a buscar essa meta. Para Guterres, ações rápidas e em larga escala são fundamentais para limitar o aumento da temperatura e garantir um futuro sustentável.
Conclusão: o papel vital de Belém
O evento em Belém é uma oportunidade crucial para líderes globais debaterem estratégias e iniciativas necessárias para enfrentar a crise climática, reafirmando a importância da ciência na formulação de políticas que assegurem um planeta mais seguro para as futuras gerações.
Informações da Agência FAPESP
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