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Estudo Avalia os Riscos de Calor Extremo em São Paulo

3 Min

Mapeamento de Risco ao Calor em São Paulo

Pesquisadores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo (FAU-USP) realizaram um mapeamento do risco de calor em São Paulo, com um artigo publicado na revista Urban Climate. O estudo foi apoiado pela FAPESP, com várias bolsas e auxílios relacionados.

Importância do Mapeamento

Este mapeamento combina dados ambientais e socioeconômicos, evidenciando a necessidade urgente de políticas integradas que visem à redução do risco de calor na cidade. O risco de calor, ou heat risk, é crucial no contexto de saúde pública, referindo-se à probabilidade de que condições de calor extremo impactem negativamente a saúde humana. Fatores como vegetação e padrões de sombreamento desempenham um papel determinante nesse cenário.

Fatores Decisivos para o Risco de Calor

Além dos aspectos ambientais, comportamentos e características demográficas são fundamentais. Grupos etários sensíveis, como crianças e idosos, e fatores econômicos, como a renda, estão intrinsecamente ligados à vulnerabilidade ao calor. A densidade populacional e as condições de moradia também são variáveis essenciais para entender a exposição. Populações de baixa renda, que frequentemente vivem em moradias precárias, têm dificuldade em se adaptar ao calor, além de trabalharem em empregos que exigem atividade ao ar livre, uma realidade comum no Brasil.

Resultados e Relevância da Pesquisa

A pesquisa revela uma forte correlação entre características socioeconômicas e o risco de calor, sublinhando a necessidade de intervenções políticas. Os autores do estudo, incluindo a professora Denise Duarte, ressaltam que a metodologia introduziu parâmetros inovadores, como tipos de habitação e morfologia urbana relacionados à proximidade da vegetação.

Ferramenta para Planejamento Urbano

O mapa, desenvolvido na escala do setor censitário utilizando dados públicos e consultas a especialistas, é alinhado com as definições de risco do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Ele se apresenta como uma ferramenta valiosa para o planejamento urbano e apoio a políticas públicas voltadas à adaptação climática, podendo ser adaptado para diversas cidades brasileiras.

Leitura Recomendada

A principal autora do estudo, Luiza Sobhie Muñoz, doutoranda na FAU, convida os interessados a ler o artigo intitulado “Heat risk in the city of São Paulo: Interactions between SUHI and social inequality” disponível em ScienceDirect.

A pesquisa é um passo significativo para endereçar os desafios do aquecimento urbano e suas consequências sociais em São Paulo, reforçando a interconexão entre saúde, ambiente e equidade social.

Informações da Agência FAPESP

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