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Microrganismos da Amazônia: Potencial Agrícola e Farmacêutico Revelado

2 Min

Estudo Revela Potencial das Actinobactérias da Amazônia para Agricultura Sustentável

Um estudo realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba, destacou o potencial de microrganismos da floresta amazônica, especificamente as actinobactérias, para impulsionar o crescimento de plantas, controlar doenças agrícolas e descobrir novos compostos bioativos.

As actinobactérias são conhecidas por sua capacidade de produzir metabólitos com aplicações tanto na agricultura quanto na farmacologia. A pesquisa, realizada no Laboratório de Microbiologia Agrícola e Química de Produtos Naturais, utilizou técnicas de metabolômica e genômica para explorar essa rica fonte de inovação para a agricultura sustentável.

Interdisciplinaridade e Colaboração Internacional

O projeto envolveu a colaboração entre pesquisadores da Esalq, da USP de São Carlos e da Simon Fraser University, do Canadá. As actinobactérias analisadas foram isoladas de solos amazônicos e armazenadas no Laboratório de Genética de Microrganismos da Esalq. Essa abordagem interdisciplinar abrange várias áreas, incluindo microbiologia, genética e química orgânica.

Resultados Promissores: Bioinsumos e Novos Compostos

Duas linhagens de actinobactérias se destacaram pelos seus resultados. A Streptomyces sp. AM25 mostrou-se promissora como bioinsumo agrícola, capaz de aumentar o crescimento de milho e inibir fungos que ameaçam culturas de soja, milho e tomate. A Streptantibioticus sp. AM24 surpreendeu ao produzir compostos inéditos, incluindo acidifilamidas e tripeptídeos com estruturas químicas não descritas anteriormente.

Esses achados não apenas confirmam o potencial das actinobactérias na promoção de práticas agrícolas mais sustentáveis, mas também abrem novas perspectivas para a biotecnologia e a pesquisa em compostos bioativos. A exploração do microbioma amazônico se apresenta como uma chave para inovações que podem beneficiar a agricultura global.

Informações da Agência FAPESP

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