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Facebook: conteúdos repetitivos correm risco de perder monetização

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Meta Anuncia Medidas para Combater Conteúdos Repetitivos no Facebook

Nesta semana, a Meta, empresa controladora do Facebook, revelou uma série de medidas para coibir contas que insistem em reproduzir ou republicar conteúdos repetitivos. Para atingir esse objetivo, a plataforma decidiu tornar a monetização de tais conteúdos “não originais” insustentável. Essa iniciativa marca um passo significativo no esforço da companhia em limitar o spam no feed da rede social e promover conteúdos autênticos e originais.

Por meio de um comunicado divulgado recentemente, a Meta enfatizou: “Estamos introduzindo medidas fortes para reduzir conteúdo não original no feed do Facebook”. Este esforço refere-se a publicações repetitivas que se limitam a replicar um post original sem qualquer contribuição significativa. De acordo com a Meta, essa prática torna a nossa experiência online mais monótona, prejudicando a divulgação de novas vozes e a variedade de conteúdos disponíveis.

“Com muita frequência, o mesmo meme ou vídeo aparece repetidamente. Isso dificulta a divulgação de novos projetos e torna a experiência menos atrativa", afirma a companhia em seu comunicado. Essa análise demonstra uma clara preocupação com a qualidade da interação no Facebook, destacando que o foco da nova política não é punir quem cria conteúdos de forma original, mas sim aquelas contas que apenas buscam engajamento aos replicar o trabalho de terceiros. Os perfis que se aproveitam do trabalho alheio, fingindo ser os criadores, estão sob especial vigilância.

Outra importância dessa nova disposição é um dos contrapontos que a Meta firmou ao esclarecer que as pessoas que interagem com conteúdos repetitivos, ou aquelas que produzem vídeos resposta a tendências com seu próprio toque, não sofrerão punições. O cerne da mudança é direcionado às contas que buscam ganhos através da ostentação de ideias e criações originais sem a devida atribuição.

A medida de reprimir conteúdos repetitivos faz parte de uma iniciativa mais ampla da Meta para retirar spam de suas plataformas, incluindo ações proativas contra mais de 500 mil contas que exibiram comportamentos considerados "spam ou engajamento falso". Com a possibilidade de remover a monetização desses conteúdos, a plataforma ganha um controle mais rígido sob as duplicidades e fraudes que prejudicam artistas e criadores verídicos.

Tecnologicamente, o Facebook conta com ferramentas que detectam a presença de vídeos duplicados e limitam a distribuição desse tipo de conteúdo. Assim, a empresa poderá eliminar a concorrência desleal que essas publicações promovem, desviando visualizações que normalmente deveriam ir para o criador original do conteúdo.

Além disso, a Meta se comprometeu a estudar novas maneiras de fomentar a distribuição de conteúdos originais. Uma proposta envolve a inclusão de links de direcionamento para postagens originais, contrapondo-se à republicação casuística. Isso poderia oferecer ao usuário uma navegação mais rica e informativa.

Para aqueles que temem ser prejudicados pelas novas restrições, a Meta deixou algumas recomendações: até mesmo conteúdos reutilizados podem ser aceitos se acompanhados de edições significativas, freando o uso de marcas d’água visíveis de terceiros e evitando conteúdo claramente reciclado de outras fontes.

Essas marcantes alterações serão implementadas gradualmente ao longo dos próximos meses. Assim, proporciona-se aos criadores tempo adequado para adaptarem suas produções às novas exigências do Facebook, impulsionando a originalidade e a qualidade.

O que acontece no Facebook não é um caso isolado. Plataformas como o YouTube também estão enfrentando desafios semelhantes para contornar o problema de conteúdos reciclados. Recentemente, o YouTube anunciou uma atualização nas suas políticas de monetização, cortando os benefícios para conteúdos considerados “inautênticos” ou “repetitivos”. Essa mudança provocou preocupação entre criadores de conteúdo, levantando debates sobre a validade da originalidade nas mídias sociais.

Essas decisões tomadas por grandes plataformas revelam que o problema do conteúdo reciclado e o spam nas redes sociais continuam crescendo. O advento dessas medidas evidencia uma importante mudança na maneira como interagimos e consumimos conteúdos online, além de refletir os desafios contínuos que plataformas enfrentam na busca por um ambiente mais saudável e diversificado para seus usuários.

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