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Descubra os 5 países mais recentes do mundo

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As Nações Mais Novas do Mundo: Um Olhar sobre a Independência

Um dos principais marcos para entender a idade de um país é a sua data de independência. Esse evento representa o momento em que uma nação passa a ser autônoma politicamente e economicamente, deixando de ser uma colônia. Além de questões políticas, a independência é um forte símbolo de afirmação social e cultural. As tradições e valores que foram silenciados sob a colonização podem ressurgir, revelando a história ancestral de um povo sob novas perspectivas.

Embora o Brasil tenha mais de 200 anos de história como nação independente, existem países que conquistaram sua autonomia recentemente, muitos deles com menos de 30 anos de soberania. Essa realidade leva muitos pesquisadores em História e Geografia a questionarem: quais são os países mais novos do mundo?

1 – Sudão do Sul

O Sudão do Sul é o país mais novo do mundo. Situado na África Oriental, fazia parte do Sudão e foi colonizado inicialmente pelos egípcios, com suporte britânico a partir do século XIX. Foi somente em 1956 que a influência dos colonizadores foi encerrada, quando um acordo entre o Egito e o Reino Unido selou a liberdade do território.

No entanto, a história da região foi marcada por profundas divisões étnicas e religiosas que culminaram numa guerra civil. Este conflito se alongou até 2005, sem que uma eventual unificação fosse necessária entre os lados norte e sul. Assim, em 9 de janeiro de 2011, o Sudão do Sul conquistou sua independência mediante um referendo, no qual 98% da população apoiou a separação.

2 – Montenegro

Montenegro ocupa a segunda colocação como o país mais novo do mundo, sendo também o primeiro da Europa. Localizado na região dos Balcãs, foi uma das repúblicas da extinta República Socialista da Iugoslávia, tendo vivenciado a fragmentação da nação em 1993, quando se uniu à Sérvia. Mas essa união não durou, e a autonomia política sempre foi um desejo de seus cidadãos.

A independência aconteceu por meio de um referendo realizado em 21 de maio de 2006, quando 55,5% dos montenegrinos votaram pela separação da Sérvia.

3 – Sérvia

Conforme a história avança, a Sérvia surge como o terceiro país mais novo. Assim como Montenegro, foi parte da República Socialista da Iugoslávia, abrindo caminho para sua própria emancipação. Curiosamente, a Sérvia proclamou sua primeira independência em 1878, ao final da guerra russo-turca, quando esqueceu suas amarras com o Império Otomano. A segunda independência ocorreu em 2006, após a separação de Montenegro.

4 – Timor-Leste

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O Timor-Leste se destaca como o quarto país mais novo, situado no sudeste asiático. Assim como o Brasil, Timor-Leste foi uma colônia portuguesa desde o século XVI. A expulsão dos portugueses ocorreu em 1975, quando o país foi invadido pela Indonésia, pretendendo transformá-lo em sua vigésima sétima província.

Contudo, em 1999, um referendo realizado garantiu à população a escolha pela independência. Apesar do resultado afirmativo, a nação passou por um período de administração das Nações Unidas até ser declarado independência, oficialmente, em 20 de maio de 2022.

5 – Palau

Por fim, o Palau, arquipélago da região da Micronésia, destaca-se como o quinto país mais novo. Ele possui uma história rica, já tendo sido colonizado por diversos países, incluindo Espanha, Alemanha e Japão. A independência foi alcançada em 1º de outubro de 1994, quando foi assinado um Pacto de Livre Associação com os Estados Unidos. Este tratado assegura a soberania de Palau, ao mesmo tempo que garante a proteção militar por parte do país americano.

Uma curiosidade interessante sobre Palau é sua população reduzida. Atualmente, cerca de 17 mil pessoas habitam o arquipélago, tornando-o um dos países com o menor número de habitantes.

Esses cinco países representam um mosaico de histórias e lutas dolorosas para alcançar a autonomia. As suas trajetórias demonstram que a busca pela independência é um aspecto contínuo na construção da identidade nacional e na valorização cultural em diversas partes do mundo. Enquanto muitos comemoram datas simbólicas, a luta por dignidade, liberdade e autonomia persiste em contextos diferentes. Em última análise, é necessário reconhecer que a independência vai muito além de meros papéis; ela está intrinsicamente ligada à vontade e à coragem de um povo.

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